O povo não tem problemas
teológicos, dogmáticos ou escatológicos. O povo tem fome. Assim que a Igreja
decidiu envolver-se na política, ela confundiu a cabeça dos fiéis, na maioria
uma população de poucos recursos educacionais. A maior parte dos problemas que
antes eram resolvidos pelos governos, foi transferida para a Igreja. O povo
precisa de milagres agora e não lhes sobra tempo para estudos religiosos mais
profundos. Isto explica a migração imensa de católicos para as igrejas evangélicas
em busca de expressar este imediatismo de barganha tão comum na população
brasileira. O povo de hoje quer sentir experiências que os empoderem diante da
vida e diante de Deus, quer ser chamado de ungido ou de profeta, cansados de
serem apenas um número na multidão, para serem guiados agora, somente pela fé,
sem questionar os alicerces da fé cristã, mas radicalizando-se na fronteira
entre o sagrado e o profano. O importante é ser atendido agora. O
transcendental fica para depois, pois a salvação eterna já está garantida.
Nenhum comentário:
Postar um comentário