Vale tanto para crianças quanto para adultos. Pássaros não necessitam de paraquedas. Para quem sabe voar, um par de asas é caneta a escrever caminhos, é raio de coragem durante a tempestade das vontades, é planejamento espontâneo de adaptação. A consciência do voo seleciona o melhor de cada espaço sem deixar margens para o medo. Detecta os ventos pela porta da alma e empurra os descaminhos para continuar pulsando.
Presos
pela liberdade de voar, jamais arquitetam abandoná-la, mesmo que experimentem
alguns passos seguros no chão da realidade instável.
Somos
pássaros quando acordamos. Temos potencial de pássaros quando pensamos.
Entramos voluntariamente na gaiola das emoções quando sentimos. Alimentamos
nossos pássaros interiores quando nos apegamos ao chão. Esquecemos de voar
quando a rotina nos abraça. Cansados de andar e de correr em círculos, sonhamos
com voos de pássaros, esquecidos de nós mesmos. Compramos novos paraquedas, na
ânsia do consumismo, mesmo temendo o abismo, mas ninguém ao lado nos lembra de
que temos asas e sabemos voar.
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