Na infância lutamos por
atenção e carinho. Na adolescência lutamos por espaço e identidade. Na
juventude lutamos contra o sistema e suas injustiças. Na idade adulta lutamos
por sobrevivência e auto realização. Na terceira idade lutamos pela saúde.
Somos seres lutadores,
caninos quando preciso, egoístas por natureza, competitivos por aprendizagem e
violentos por adaptação. Focamos mais no que não temos do que nas coisas que
usufruímos. Lutamos até contra quem nos deu a vida. Falamos mal até de quem nos
deu a mão em momentos difíceis. Somos seres gladiadores na arena da comunicação
e a ofensa tornou-se nossa maior arma de combate.
Lutamos contra a saúde e
a doença, contra o bem e contra o mal, contra o vazio e contra a multidão.
Somos seres contraditórios e repetitivos. Lutamos contra pessoas possuídas e
despossuídas. Vagamos bêbados no território da razão, sonâmbulos no terreno da
emoção e desequilibrados no espaço dedicado à neutralidade. Lutamos contra a
vida e contra a morte, mesmo sem levar em conta nossa pior batalha: a luta contra nós mesmos.
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