Quando
os ânimos se exaltam, a discussão se inflama, as palavras viram facas, quando a
raiva descontrola e cega a pessoa, não é a melhor hora para tomar decisões. Na
hora do estresse os hormônios do corpo se descarregam na corrente sanguínea,
alteram as funções cerebrais e ativam o sistema reptiliano mais arcaico e
territorial de todos, levando a pessoa a atitudes impensadas com consequências
sérias. Neste momento o corpo ativou o sistema de defesa correr-ou-lutar.
Quando
se está sob estresse elevado não é hora de aprender novas maneiras de atuar, de
criar ou de ser criativo para encontrar soluções adequadas, de confiar em quem
ainda não perdeu a razão e tenta ajudar, de abrir o coração para se acalmar e
reconsiderar a situação sob outros olhares menos beligerantes. Não dá para
fazer as pazes neste clímax. A pessoa estressada reduz o foco de atenção,
convergindo-o apenas para o ponto que considera ameaçador, seja ameaça real ou
aparente, por causa dos hormônios liberados. Assim ela reduz a própria
capacidade de entendimento da circunstância. A discussão deixa de ser cognitiva
e passa a ser hormonal, ou seja, o corpo sequestra o comando para si e diz à
mente o que falar e fazer.
Nenhum comentário:
Postar um comentário