Muitas
vezes mal sabemos como lidar com insegurança e instabilidade emocional.
Precisamos de alguma estrutura para nos manter de pé e erroneamente optamos
pela fuga, pelas distrações, pela anestesia e pela ilusão. Perdemos a
capacidade de brincar, de sonhar, de amar sem drama. Deixamos de balançar no
parquinho da rotina, de escorregar no tobogan da semana, de pular no colchão
antes de dormir. Adquirimos conceitos puramente mentais para encapar nossas
emoções e nos tornamos insignificantes diante do universo. Deletamos a
esperança e nos objetificamos.
Um
dia, sentados na grama e batendo um longo papo com o alterego, nos damos conta
de que podemos mudar o roteiro do filme de nossa vida. Pela primeira vez rimos
de nós mesmos por ter tentado cobrir e garantir todas as nossas empreitadas,
falhando miseravelmente. Decidimos então nos dar permissão para ser feliz.
Caminhamos descalços na grama, sorrimos para os estranhos que passam,
apreciamos a natureza, tomamos um sorvete com nossa criança interior, calamos a
mente, agradecemos a nós mesmos por termos persistido e nunca ter jogado a
toalha durante as lutas, fazemos o bem a alguém, sentimos orgulho de nossa
profissão, amamos sem pedir nada em troca, dançamos como se ninguém estivesse
olhando, sorrimos sem motivos aparentes, declaramos amor e paixão diante do
espelho, nos embelezamos para nós mesmos, cuidamos de quem precisa ao nosso
redor, espalhamos otimismo pelas ruas e pela midia social, abençoamos nosso
alimento saudável e nosso corpo divino, cultivamos humor e alegria, jogamos
conversa fora e amor dentro com os amigos, agradecemos a presença dedicada de
nossos pais, limpamos a casa e o coração. Assim, os dias correm
felizes...passam felizes... repousam felizes.
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