A
ameba percebe sua realidade baseada no que ela é, rodeada por líquidos e sons.
A formiga, um pouco maior em tamanho, percebe a realidade baseada no que ela é
e pode enxergar apenas certas coisas. O pássaro, um pouco maior do que a
formiga, entende a realidade baseado no
que ele é, um mundo aéreo com voos acrobáticos e cantos. O cavalo, bem maior,
utiliza a intuição para perceber a realidade no limite do que ele é como
cavalo. O ser humano, nem sempre maior, mas dotado da razão de questionar os
estímulos externos ao seu redor, consegue captar como realidade externa apenas
o que ele é como indivíduo. A pessoa criada isoladamente tem percepções
diferentes de quem foi amplamente socializado. O estrangeiro vê em outros
países apenas o que ele é, na impossibilidade de absorver outra cultura em sua
totalidade. Enfim, nós não vemos os outros como eles são, mas como nós somos.
Dentro deste campo de infinitas possibilidades de percepção, cada um pensa que
compreendeu o mundo e vende as suas opiniões para quem quiser comprá-las.
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