O MEIO E O RESULTADO

Pobreza é ensinada em casa, com horas extras de medo. Os pais pobres tiram recursos do filho que começa a crescer financeiramente e enfraquecem a motivação dele. Classe média é ensinada em casa, com horas extras de limitações. O consumismo dos pais desvia os projetos do filho que começa a se dar bem financeiramente, em nome do amor pela família. Riqueza é ensinada em casa, com horas extras de risco. Os pais ricos abrem portas de oportunidades aos filhos pois assim protegem a riqueza e o nome do clã familiar.

Cada classe social reflete as crenças impostas pelo ambiente onde cresceu e validada por seus pais. Mudou a crença e o ambiente, mudou-se parcialmente o destino. Algo permanece para confinar e resguardar os valores familiares. Mesmo que um individuo resolva desafiar o instituído pela família, o que prevalece é um sentimento de culpa se algo vai muito bem ou muito mal. Há uma amarração mental e emocional que não se desata nem pelo campo espiritual. A culpa é uma energia potente no contexto em que bênçãos familiares se tornam maldições. A classe social tem força de genética. Dá-lhe Constelações Sistêmicas.

A OUTRA PARTE

Ao nascermos, uma parte de nós se materializa e outra parte permanece sutil no campo energético. Ao crescermos, vamos nos identificando com a personalidade que nos derem e a adicionamos aos gostos pessoais, chamando-a mais tarde de identidade. Ao amadurecermos, temos experiências suficientes para reconhecer o lado que nos falta, mas ainda não podemos alcançar com facilidade, pois o mundo minimiza sua importância. Muita gente se perde no mundo da materialidade e vai embora da Terra sem sequer compreendê-la.

A outra parte, bem sutil, existe fora da linha do tempo, como uma guardiã de nossa existência não corporal, onde depositamos o resultado de vastas conexões com a totalidade. Ela não se reconhece na busca nem no encontro dos prazeres mundanos, uma vez que possui outras perspectivas e outras fontes de contentamento. Ela se move independentemente de nossas personas, pois sabe que no plano material tudo é provisório e sua própria sutileza tem características mais duradouras que o tempo dos mortais.

TEMPO DE ESCOLHAS

Dentro de nosso corpo alimentamos o ego. Fora do corpo alimentamos princípios. Internamente convivemos com a contradição, a limitação, a falta, o desejo, o medo, o prazer, a dor, a apatia, o orgulho, a raiva, crentes de que nossas leituras da realidade devem sustentar o trono do ego. Externamente, abrimos espaço para interações com o desconhecido, colocando-nos à disposição de processos que nem sempre compreendemos em sua totalidade. Internamente somos levados ou carregados pela força dos impulsos, direcionados para a satisfação egoica. Externamente convidamos a força dos impulsos para nos acompanhar durante a vida, direcionados à criatividade. Internalizamos uma força de entropia que nos aproxima dos movimentos de doenças e morte, sob a desastrosa gerência do ego. Externamente promovemos um alinhamento com o universo através da aceitação total das mudanças. É a essência e o nível evolucionário de cada individuo que vão determinar a escolha entre o ego e o desconhecido.

ATENÇÃO CONTÍNUA DO DIÁLOGO

Falta de comunicação causa mais estresse desnecessário do que comunicação distorcida, devido ao teor da intenção de ocultar algo. O que não foi comunicado, mas entrou para a caixa do achismo, não tem valor ao ser reciclado e pode adiar para sempre o entendimento. O que foi distorcido ainda abre espaço para explicações convincentes e respeitosas devido ao teor de honestidade. No entanto, dependendo dos valores ausentes que devem estar presentes numa comunicação saudável e são por todos esperados,  os dois casos podem ter consequências negativas duradouras.

Se comunicação é uma arte, ela é melhor praticada por quem se despe de julgamentos antecipados e por quem se conhece bem. O auto conhecimento é fator preponderante na hora de transmitir uma mensagem que não sabe com quantos filtros se faz um diálogo perfeito. Não basta entregar as palavras, é preciso aguardar que elas sejam traduzidas pelo receptor e volte acrescentada por sinais de continuidade. Daí em diante, novas leituras se fazem.

NA HORA DA TEMPESTADE

Quando os ânimos se exaltam, a discussão se inflama, as palavras viram facas, quando a raiva descontrola e cega a pessoa, não é a melhor hora para tomar decisões. Na hora do estresse os hormônios do corpo se descarregam na corrente sanguínea, alteram as funções cerebrais e ativam o sistema reptiliano mais arcaico e territorial de todos, levando a pessoa a atitudes impensadas com consequências sérias. Neste momento o corpo ativou o sistema de defesa correr-ou-lutar.

Quando se está sob estresse elevado não é hora de aprender novas maneiras de atuar, de criar ou de ser criativo para encontrar soluções adequadas, de confiar em quem ainda não perdeu a razão e tenta ajudar, de abrir o coração para se acalmar e reconsiderar a situação sob outros olhares menos beligerantes. Não dá para fazer as pazes neste clímax. A pessoa estressada reduz o foco de atenção, convergindo-o apenas para o ponto que considera ameaçador, seja ameaça real ou aparente, por causa dos hormônios liberados. Assim ela reduz a própria capacidade de entendimento da circunstância. A discussão deixa de ser cognitiva e passa a ser hormonal, ou seja, o corpo sequestra o comando para si e diz à mente o que falar e fazer.

O AMOR E O METABOLISMO

Parece coisa estranha para alguns, motivo de riso para outros, ato religioso para algumas pessoas, mas para o corpo trata-se de um regulador de energia e optimização da absorção dos alimentos a nivel celular. Estou falando da oração de agradecimento antes das refeições. Isso mesmo. A postura de agradecimento abre o coração e libera doses de amor em forma de luz, ativando as células em suas trocas de informação e material, reforçando o metabolismo.

Uma pessoa perfeccionista nutre-se de medo e rigidez, em seu cotidiano,  por sustentar o próprio sistema de controle comportamental, permanecendo em clima de sobrevivência. Este medo constante de não ser perfeita compromete o metabolismo do corpo a nivel celular. Uma pessoa arrogante, orgulhosa e egoista não consegue ser feliz. Mesmo se tiver acesso a todos os bens materiais possíveis jamais será feliz, e com esta postura na hora das refeições vai comprometer também o metabolismo do corpo na hora do almoço e do jantar.

A respiração e os alimentos injetam energia no corpo. O amor é o regulador desta energia através da gratidão, regulando o sexo e o coração, como sinal claro de evolução. Quem ama agradece e quem agradece dá sinais de evolução.

A CEREJA DO BOLO

Todo mundo quer o céu aqui na Terra, a cereja do bolo antes do parabéns, a glória antes do esforço, a colheita sem ter plantado. Todo mundo quer ser rico sem ter investido na mudança de crenças e consciência. Todos procuram pelo atalho e querem que ele apresente as mesmas características da estrada normal. Será que não estão querendo demais?

Quando se acessa algo muito sagrado e iluminado, a sombra aparece com muita fome em cima da pessoa despreparada, ou seja, ela tem que confrontar seus demônios em forma de medos, segredos e desejos. Ela precisa despir-se do ego se quiser absorver a luz maior. Há que se trabalhar as próprias limitações e aparar as arestas do coração antes de expandir a consciência. Uma limpesa na alma é exigência comum para qualquer exercício de purificação. Há que se retirar a água invasora do barco para ele não afundar até que o socorro lhes chegue. Crescer e evoluir requer trabalho interior apropriado.

O QUARTO DA FELICIDADE

Ser feliz não é algo tão difícil assim como alguns imaginam. Esperar que a felicidade venha apenas do exterior, isso sim é problema difícil de se resolver. Talvez seja por isso que existem tantas pessoas infelizes, por acharem que a felicidade seja algo concreto que lhes falte. Isso é uma indicação de que estão chegando perto, mas ainda não a encontraram.

Quando você entra num quarto cheio de objetos com algumas pessoas la dentro, imediatamente começa na mente um processo seletivo de aprovação e desaprovação. Parece que o mundo inteiro tem que se adequar à presença da realeza que chegou. Sente-se necessidade de falar algo para controlar ou para firmar sua presença no local, tende-se a criticar algo que esteja fora do lugar que se imagina, busca-se dar tarefas para quem está de folga, quer-se trocar a música ou o canal da televisão, enfim, interfere-se na ordem pré-estabelecida como se a realeza fosse o centro do universo com todos os direitos de decidir pelos outros. Isso não gera felicidade nem harmonia.

Felicidade é chegar num quarto vazio e não sentir necessidade de povoá-lo com móveis inúteis, com desejos desnecessários, nem de trocar a cor das paredes, nem ter pressa de sair de lá. Este vazio interior, este sentir-se completo, este não se incomodar com o silêncio da alma, este simplesmente ser o Ser que se é na essência chama-se felicidade.

O CAMPO ABERTO DAS POSSIBILIDADES

A ameba percebe sua realidade baseada no que ela é, rodeada por líquidos e sons. A formiga, um pouco maior em tamanho, percebe a realidade baseada no que ela é e pode enxergar apenas certas coisas. O pássaro, um pouco maior do que a formiga, entende  a realidade baseado no que ele é, um mundo aéreo com voos acrobáticos e cantos. O cavalo, bem maior, utiliza a intuição para perceber a realidade no limite do que ele é como cavalo. O ser humano, nem sempre maior, mas dotado da razão de questionar os estímulos externos ao seu redor, consegue captar como realidade externa apenas o que ele é como indivíduo. A pessoa criada isoladamente tem percepções diferentes de quem foi amplamente socializado. O estrangeiro vê em outros países apenas o que ele é, na impossibilidade de absorver outra cultura em sua totalidade. Enfim, nós não vemos os outros como eles são, mas como nós somos. Dentro deste campo de infinitas possibilidades de percepção, cada um pensa que compreendeu o mundo e vende as suas opiniões para quem quiser comprá-las.

A FELICIDADE QUER SER SUA AMIGA

Não vá muito longe da felicidade para não se perder, para não perder tempo com coisas que não valem a pena. Não se distancie do que lhe faz feliz de verdade. Se começou a complicar, preste mais atenção, você está se distanciando da fonte universal como guia de sabedoria e felicidade. Sem este alinhamento com a fonte, a caminhada ganha obstáculos, os pensamentos se emaranham, as emoções se intensificam na escala do enfraquecimento pessoal. Chame a felicidade de volta, e se preciso for, faça-lhe uma intimação. Mantenha um diálogo aberto com a felicidade, afinal de contas ela pode ser parte constante de sua vida. Passe mais tempo com ela.

Leve-a consigo por onde for diariamente, dizendo assim, por exemplo,  “Felicidade, agora nós vamos trabalhar e levar alegria a quem não tem”.

“ Felicidade, que jantar delicioso nós merecemos, hein? Gratidão!”. Esta intimidade torna robusta a participação da felicidade em seu cotidiano. Você a inclui e ela se manifesta. Você mostra-lhe seu espaço e ela lhe preenche. Pronto. Simples assim. Vamos começar hoje?

AFLIÇÃO

A gente as vezes tem um jeito aflito de amar, de esperar o que nunca vem, de orar pelo impossível e de olhar bem nos olhos quem não nos quer bem. As vezes este jeito aflito de ser, de distorcer o que deveria ser reto, nos tira o chão e o teto, nos faz de pipa e boneco, querendo talvez se acalmar. Aflito é o amor que não canta, não vai onde tem esperança, de tanto ausentar-se se cansa, pensando que o céu fosse o mar. Aflito é o som da palavra, da flor sem perfume e com asa que fez borboleta la em casa voar contra a fria parede. As vezes esta espera aflita, como quem não sussurra, grita, aonde não mora ninguém, quer pegar carona na brisa, partir quando muito precisa, ficar no espaço do Ser para poder ter alguém. A gente as vezes se esquece do quanto amou sem interesse, do quanto virou-se do avesso para poder respirar, o ar da beleza infinita, a glória da vida bendita,  a luz que procura guarita, no coração a repousar. As vezes a gente tem um jeito, medroso e insatisfeito, que nada mais é do que o efeito, do jeito aflito de amar...

PÁSSAROS NÃO PRECISAM DE PARAQUEDAS

Vale tanto para crianças quanto para adultos. Pássaros não necessitam de paraquedas. Para quem sabe voar, um par de asas é caneta a escrever caminhos, é raio de coragem durante a tempestade das vontades, é planejamento espontâneo de adaptação.  A consciência do voo seleciona o melhor de cada espaço sem deixar margens para o medo. Detecta os ventos pela porta da alma e empurra os descaminhos para continuar pulsando.

Presos pela liberdade de voar, jamais arquitetam abandoná-la, mesmo que experimentem alguns passos seguros no chão da realidade instável.

Somos pássaros quando acordamos. Temos potencial de pássaros quando pensamos. Entramos voluntariamente na gaiola das emoções quando sentimos. Alimentamos nossos pássaros interiores quando nos apegamos ao chão. Esquecemos de voar quando a rotina nos abraça. Cansados de andar e de correr em círculos, sonhamos com voos de pássaros, esquecidos de nós mesmos. Compramos novos paraquedas, na ânsia do consumismo, mesmo temendo o abismo, mas ninguém ao lado nos lembra de que temos asas e sabemos voar.

DESFRUTE

O que ainda existe nesta vida para você desfrutar antes de se desintegrar como corpo? Muitas coisas. Sem distrações por perto seríamos capazes de focar ou fazer uma lista delas. Mais ainda, de sair em busca da sua realização enquanto houver tempo. Mais ainda, de mudar nossa percepção de tempo e espaço para ter experiências elevadas e inimagináveis através da transcendência de pequenas coisas e hábitos. Sem distrações para nos desviar da vida plena, teríamos a graça da garça real, o entusiasmo dos golfinhos, a trajetória dos santos e profetas, a flexibilidade dos bambus, a geometria sagrada das flores, a voz das águas correntes, a leveza das nuvens e o silêncio do cosmos. Sairíamos do espaço que pensamos ocupar e do tempo que pensamos controlar, para dar lugar ao fluxo de uma energia inteligente que sabe seus propósitos. Sem a falsa identidade, desfrutaríamos de coisas mais belas em dimensões paralelas sem vontade de voltar. 

As vezes nos dá uma vontade de virar luz...

PREOCUPAÇÕES

Preocupação nunca tira férias. É preocupação na hora de acordar e na hora de dormir. Para variar, mais preocupações durante o dia. Parece que nascemos para preocupar com o futuro e com coisas que não estão ao nosso alcance, além de lidar com o excesso de atividades a que nos comprometemos fazer, sabendo que o dia não acrescenta horas para nos atender. Sem contar nossas manias de perfeccionismo ou de controlar os outros. Sem contar nossos medos mais irracionais e imaginários. Sem contar nossas garantias diante das leis e obrigações sociais. Elas funcionam como uma imaginação de cabeça para baixo, com barbas longas de incerteza procurando por hoteis abandonados.

A pre-ocupação em si já é um desperdício de energia sem volta. É um sinal de falta de planejamento externo e uma inabilidade de vivenciar o presente. Há que se aprender a gerenciar nosso tempo e nossa vida diária.

COMO ALCANÇAR A PRÓPRIA LUZ

Depois de experienciar sofrimento emocional, traumas psicológicos, conflitos mentais, perdas dolorosas, desequilíbrios físicos e tormentos existenciais, toda esta energia é registrada no campo elevado de consciência e disponibilizada para reconexão e cura através de dinâmicas familiares sistêmicas ou metagenealogia.

É possível acessar e reorganizar estas forças em novos fluxos de aceitação, responsabilidade, amor, perdão, transmutação, inclusão, libertação, conscientização, movendo-as do plano invisível para o visível, revisitando as memórias e reescrevendo uma nova estória sobre elas com final feliz.

É preciso expandir para curar, sair de si para se encontrar, dar voz aos ancestrais para compreender as limitações atuais. É preciso desaprender para crescer, abraçar suas sombras para alcançar a própria luz. Lá onde o barulho fez silêncio, lá onde o coração descansou finalmente em paz.

TREINAMENTO BIOPLENITUDE, onde esta vivência é inesquecível.

Inscrições estão abertas para novas turmas de Janeiro e fevereiro de 2020.

SOBRE AMORES E ODORES

Nosso corpo não foi desenhado para conter o amor incondicional, mas cabe nele. É usado para armazenar a agressividade e o amor humano, jamais o divino, embora a ele busque no silêncio do desespero de quem perdeu as forças. Nosso corpo cabe o mundo, mas não se ocupa do amor incondicional. Quando tentou contê-lo em si, vazou em crucifixo. Quando dele alguém tenta se aproximar, vira no máximo amor de mãe. O amor incondicional bem que tenta se aproximar, gerando tragédias para nos compaixonar, mas pouco compadecemos de nós mesmos. Não tem fórmula científica, não visita o osso das palavras, expira sem ser inspirado, foge antes de ser avistado. Pergunte para Irmã Dulce. Foi ela quem chegou mais perto de suas fronteiras. Depois de virar santo, não conta. Quero ver um cidadão com contas a pagar, filhos famintos, desempregado, sentir amor incondicional. Quero ver um milionário dirigindo uma Ferrari ao lado de uma modelo internacional, com cinco anéis de diamante, ter tempo sequer de pensar em amor incondicional. Nosso corpo tem orifícios indesejáveis, odores desagradáveis, pensamentos irresponsáveis, dedos indicadores e dores por todos os lados. Nem sobra tempo para falar do incondicional.

DANDO PERMISSÃO PARA SER FELIZ

Muitas vezes mal sabemos como lidar com insegurança e instabilidade emocional. Precisamos de alguma estrutura para nos manter de pé e erroneamente optamos pela fuga, pelas distrações, pela anestesia e pela ilusão. Perdemos a capacidade de brincar, de sonhar, de amar sem drama. Deixamos de balançar no parquinho da rotina, de escorregar no tobogan da semana, de pular no colchão antes de dormir. Adquirimos conceitos puramente mentais para encapar nossas emoções e nos tornamos insignificantes diante do universo. Deletamos a esperança e nos objetificamos.

Um dia, sentados na grama e batendo um longo papo com o alterego, nos damos conta de que podemos mudar o roteiro do filme de nossa vida. Pela primeira vez rimos de nós mesmos por ter tentado cobrir e garantir todas as nossas empreitadas, falhando miseravelmente. Decidimos então nos dar permissão para ser feliz. Caminhamos descalços na grama, sorrimos para os estranhos que passam, apreciamos a natureza, tomamos um sorvete com nossa criança interior, calamos a mente, agradecemos a nós mesmos por termos persistido e nunca ter jogado a toalha durante as lutas, fazemos o bem a alguém, sentimos orgulho de nossa profissão, amamos sem pedir nada em troca, dançamos como se ninguém estivesse olhando, sorrimos sem motivos aparentes, declaramos amor e paixão diante do espelho, nos embelezamos para nós mesmos, cuidamos de quem precisa ao nosso redor, espalhamos otimismo pelas ruas e pela midia social, abençoamos nosso alimento saudável e nosso corpo divino, cultivamos humor e alegria, jogamos conversa fora e amor dentro com os amigos, agradecemos a presença dedicada de nossos pais, limpamos a casa e o coração. Assim, os dias correm felizes...passam felizes... repousam felizes.

A DIMENSÃO DO SÉTIMO CHAKRA

Há pessoas que estão neste mundo mas não são mais deste mundo. Trazem no topo da cabeça uma coroa de luz, uma espada de lucidez e trabalham como porteiros da quarta e quinta dimensões espirituais. Exercitam a espiritualidade a serviço da consciência e ajudam a conduzir a humanidade em momentos cruciais de dor coletiva, consolando almas com néctar divino. Canalizam fluxos energéticos de curas, preparando o terreno interior para a vinda de milagres aos que acreditam. Coletam na consciência suprema a seiva sagrada da essência que será traduzida em gotas de memória astral, a nos lembrar de onde viemos e para onde iremos quando nos desencarnarmos. As pessoas que vivem no sétimo chakra são trabalhadores da luz. Dizem olá e adeus a tudo com a mesma naturalidade. São seres despertos, comprometidos com a evolução da humanidade, arautos de um novo tempo, mensageiros de novos paradigmas, distantes demais do primeiro chakra, mas nem por isso desconectados com a terra. Incompreendidos pelos que vibram medos e incertezas, estão sempre prontos a deixar esta vida sem qualquer apego.

A DIMENSÃO DO SEXTO CHAKRA

Há pessoas que vibram sua energia vital no sexto chakra, o terceiro olho, o qual representa formas mais refinadas de enxergar atrás dos véus do desconhecido, revelando a beleza escondida, o mistério vivo e silente, a magnificência das cores e dos movimentos, a mensagem sagrada, facetas de um conhecimento superior, a diversidade da criação, o caminho da transformação e da transcendência, as portas do infinito. São os coreógrafos e dançarinos, os artistas visuais, os fotógrafos e ilustradores, os arquitetos e engenheiros, os escritores, os pensadores e filósofos, os profetas, os espíritas, os formadores, os transformadores, os inventores, os cientistas, os moldadores de caráter, os terapeutas holísticos e curandeiros, os visionários que nos antecipam o futuro. Elas tornam muros e muralhas em paredes permeáveis, atravessando dimensões do tempo e do espaço com facilidade. Filtram o misterioso e nos entregam esperança, desnudam o grito calado e nos devolvem a força, despertando em nós raios de sabedoria.

A DIMENSÃO DO QUINTO CHAKRA

Há pessoas que transmitem sua maneira de estar no mundo através da voz, ocupando a força das palavras para traduzir, inquietar, alegrar, indignar, elevar, acalmar, educar, contribuir, embelezar, orientar, informar e definir as complexidades do mundo em que vivemos. São os cantores, radialistas, atores, comediantes,  jornalistas, coaches, psicólogos, palestrantes, entrevistadores, âncoras, professores, pregadores, enfim, todos os comunicadores de uma mensagem que consideram importante. Eles colocam em palavras todas as vibrações dos chakras anteriores de uma forma mais digestiva e assimilável, explicando para quem não entendeu, despertando os adormecidos, transmitindo conhecimento e capacitando pessoas, ensinando-nos a arte de ouvir e de adicionar clareza ao espaço escuro da ignorância. Colocam-se a serviço também, as vezes sem questionar o que leem, de grupos que não se preocupam com os ruidos da comunicação. As pessoas que vibram no quinto chakra exercitam a intenção de dar voz a quem não a tem, despertando emoções e saudades, para ajuda-los a resgatar sua dignidade e humanidade.

A DIMENSÃO DO QUARTO CHAKRA

Há pessoas que escutam os sentimentos mais elevados e organizam sua existência na prática do bem exercitando a generosidade, a caridade, a bondade, o apoio social, o suporte financeiro, o altruísmo, o positivismo, a compaixão, a piedade, a guiança, os favores, os socorros, as entregas, as doações, as pastorais de saúde, as profissões voltadas para assistência social, cuidado aos idosos, auxilio em cantinas e orfanatos, adoção de crianças ou animais abandonados, enfermeiras, cuidadoras de pessoas enfermas, enfim, todas as profissões da área de saúde onde as pessoas sofrem mais com sua vulnerabilidade. Outros exercitam os atributos deste chakra na prática diária das orações, em vocações religiosas e em trabalhos comunitários. Encontram satisfação pessoal e existencial na prática de serviços sociais, no coletivo, na colaboração e na comunhão. Parecem que esconderam suas asas e ajudam até quem não pede, movidos por uma força amorosa de responsabilidade humanitária. Sofrem silenciosamente com as próprias deficiências emocionais, com as dores do esquecimento e com o estresse de tanto cuidar.

A DIMENSÃO DO TERCEIRO CHAKRA

Há pessoas que deixam as emoções de lado e adotam os pensamentos como único guia seguro de sucesso ou única maneira de se dar bem no mundo dos relacionamentos, apregoando a razão, distribuindo conflitos, apostando nas diferenças, conduzindo os subalternos e os fragilizados ao matadouro, acumulando riquezas com a ilusão de governar o mundo, impondo suas crenças boas e ruins, convencendo os outros a seguir o seu exemplo de sucesso, efetuando negociatas escusas, buscando a impunidade a todo custo, desviando-se das leis, influenciando mercados e comunidades, calculando cada passo a ser dado, reduzindo suas experiências de vida a uma lista de resultados cultivados por números e quantidades, nomeando comportamentos para justificar seus julgamentos e sua competitividade, exigente e dominador, autoritário e assertivo, objetivo e determinado. Incapaz de se comunicar com parceiros ou de validá-los, inseguro sem os bens materiais, sozinho na multidão, as pessoas que vibram no terceiro chakra respondem sem consciência a todos os condicionamentos da sociedade e de sua familia.

A DIMENSÃO DO SEGUNDO CHAKRA

Há pessoas que vivem na vibração emocional do segundo chakra em busca de prazeres mundanos, corporais, materiais, sexuais, tentando viver uma vida hedônica, ou seja, o prazer temporário é o valor supremo a ser praticado, a alegria só lhes chega pelo prazer imediato das drogas, das bebidas, do sexo irresponsável, dos carros velozes e barulhentos, da comida exagerada e sem fome, matando o tempo com atividades que nada trazem de positivo, passando o dia inteiro em jogos de videogames ou na praia, em total desprezo ao futuro a longo prazo, onde existe o futuro de curto prazo com algum planejamento de visão apenas para os próximos 3 meses. É uma vida de paixões onde cada pessoa busca apenas a satisfação de seus desejos e dão importância somente aos próprios sentimentos. Descompromisso, medo de relações profundas, abandono de filhos, vadiagem, vandalismo, imaturidade, vícios e dívidas financeiras, desperdícios, muitos medos ocultos, culto exagerado do corpo, narcisismo, botox, aparências nada mais. Estas são as pessoas que vivem no segundo chakra.

A DIMENSÃO DO PRIMEIRO CHAKRA

Somos seres multidimensionais, ou seja, sete dimensões existenciais vibram simultaneamente no corpo da humanidade, algo comparado com o sistema de chakras ou centros energéticos. Dimensões não são lugares, são níveis de consciência que vibram em certas frequências. Há pessoas que vivem apenas na sintonia da sobrevivência, são egoístas, tem medo do futuro e esperam sempre pelo pior, não confiam em ninguém pois não confiam nem em si mesmos e buscam o assistencialismo ou o pertencimento a uma fonte que lhes garanta o sustento para sobreviverem, exercitam a raiva como energia motora pois tudo lhes parece ameaçador. São as pessoas que vivem no primeiro chakra. No Brasil de 2019 tudo parece ameaçador para este grupo onde o perigo mora ao lado, cada um por si, se eu roubei é meu, fake news, a justiça se faz com as próprias mãos, guerra de reputações. Incapazes de criar um futuro, derrubam todos os esforços de mudança no presente. No Exterior, guerra de tarifas por mercados, prisões de empresários corruptos em represália, espionagem industrial, exploração de menores trabalhadores. O primeiro chakra vibra a falta de planejamento e o espírito vingativo como propulsor de sobrevivência.

O CÉREBRO EM TRANSFORMAÇÃO

Parece difícil compreender os altos e baixos da humanidade, principalmente se observarmos as complexidades do brasileiro no momento atual. Não estamos equipados ainda para compreender a natureza da consciência, mas a natureza humana já nos prepara para esta nova transformação ao desenvolver o lobo frontal e transformá-lo  numa parte importante do cérebro, tais como o reptiliano, o límbico e o neo-cortex foram adicionados durante nossa evolução para uma infinita expansão de conhecimento. Muitos seres já estão dotados com este acréscimo, os seres despertos, e crescem em quantidade até que se torne um processo coletivo. Não estamos equipados ainda para comportar no corpo humano as expansões do amor incondicional, temos que aguardar mais um pouco de consciência para tal. Somos seres evolutivos e muitidimensionais a longo prazo. Estejamos mais atentos para os processos e não apenas atentos aos eventos. Aonde está você neste momento na linha do tempo?

A INTERNET DAS COISAS

O elemento consciência só pode ser notado durante a experiência de observação da mente e do corpo. Abre-se a mente, de dentro para fora abre-se o vazio para que haja um fluxo de energias, sem que se imponha uma opinião, um conceito, ou uma interpretação do configurado. Este testemunho silencioso é um meio de transporte para as bordas da consciência, um exercício de expansão além dos cinco sentidos, uma libertação da matéria, uma auto realização de paz, uma vibração de alegria e de luz, uma quase não-existência. Ao acessar a consciência de natureza cósmica, tudo o que nela estiver configurado será baixado feito um download de computador, instantaneamente, feito um google disponível para a unidade de todas as coisas. A natureza é sábia. Ela nos concedeu a internet para treinar o coletivo, agora ela vai nos dar a internet das coisas para acelerarmos e avançarmos mais um pouquinho na aquisição mais rápida de consciência.

SERES GALACTICOS

Os fenômenos físicos e as leis da natureza configuram a vida como ela é, ou seja, certas coisas acontecem não porque estamos aqui, mas porque elas tem que acontecer. Basta fechar os olhos e percebê-las acontecendo sem a nossa permissão. O rio corre para o mar, o pulmão sabe como inspirar e expirar sozinho, o cometa sabe o seu caminho, a cadeia de produção tem a sua continuação de forma instintiva, a semente sabe virar uma frondosa árvore, trilhões de sinapses acontecem por si, as estações do ano nunca trocam de ordem, trilhões de galáxias continuam testemunhando o que existe além delas e longe de nossos olhos. Não queiramos ser científicos para achar que somente existe aquilo que conhecemos ou explicamos, afinal nem a ciência é científica pois ao eliminar o que não é explicado ela se limita diante do ilimitado. Nossa vida, ou melhor, nossa limitada percepção de individualidade se debate continuamente pela construção mental que nomeia coisas, seres e processos, enquanto a consciência parece se localizar além de nossas galáxias interiores.

LONGE DO SOSSEGO EXISTENCIAL

Na infância lutamos por atenção e carinho. Na adolescência lutamos por espaço e identidade. Na juventude lutamos contra o sistema e suas injustiças. Na idade adulta lutamos por sobrevivência e auto realização. Na terceira idade lutamos pela saúde.

Somos seres lutadores, caninos quando preciso, egoístas por natureza, competitivos por aprendizagem e violentos por adaptação. Focamos mais no que não temos do que nas coisas que usufruímos. Lutamos até contra quem nos deu a vida. Falamos mal até de quem nos deu a mão em momentos difíceis. Somos seres gladiadores na arena da comunicação e a ofensa tornou-se nossa maior arma de combate.

Lutamos contra a saúde e a doença, contra o bem e contra o mal, contra o vazio e contra a multidão. Somos seres contraditórios e repetitivos. Lutamos contra pessoas possuídas e despossuídas. Vagamos bêbados no território da razão, sonâmbulos no terreno da emoção e desequilibrados no espaço dedicado à neutralidade. Lutamos contra a vida e contra a morte, mesmo sem levar em conta nossa pior batalha: a luta contra nós mesmos.

OS CONFORMADOS

Mais de 60% da população mundial fracassa financeiramente em sua vida, não por causa do lugar onde moram, ou por seu grau de educação, mas pela falta de metas. São barcos à deriva sendo jogados pelas ondas para lá e para cá. Acreditam que sua vida é definida pelas circunstâncias ou eventos que acontecem com eles, atribuindo toda responsabilidade às forças externas. Não são proativos, não possuem iniciativa, não acessam a força volitiva ou força de vontade ininterrupta, não refletem sobre suas ações para aprender com seus erros ou falta de informação, consideram-se vítimas do sistema ou dos governos, não desenvolvem sua criatividade, enfim, não alcançam sucesso por não possuir metas e por não saberem aonde querem chegar. Se pudessem começar a pensar diferente do que pensam o dia inteiro, mudariam suas atitudes, teriam foco em uma meta, colocariam suas forças pessoais para trabalhar a seu favor, iniciariam novos hábitos com novos contatos e repousariam felizes sobre os louros de suas conquistas. Mas não. Conformar-se é sempre mais fácil.

A ELETRICIDADE DO CÉREBRO

Provavelmente a maioria das pessoas nunca mediu a força de suas palavras ou de seus pensamentos. Há uma certa naturalidade em soltar opiniões e ideias sem medir as consequências do que se falou, como se o mais importante fosse se expressar e não comunicar ou conectar-se com os outros. Mesmo dentro da oração, nem toda palavra tem força e por isso pode não ser atendida. O cérebro é um aparelho que funciona pela eletricidade e como tal deve ser administrado. As palavras e os pensamentos seguem correntes alternadas, tem um certo alcance, precisam de pontos de retransmissão, podem causar choques, geram luz e calor nos afetos e relacionamentos, são geradas também silenciosamente e podem ser desligadas da fonte. A partir de hoje comece a prestar mais atenção na força de seus pensamentos e palavras e aja como se você fosse uma torre de retransmissão, para mais tarde agir como um satélite consciente. Quantos watts tem suas palavras?

O PODER DAS COINCIDÊNCIAS

Tudo começa com o seu sistema de crenças no padrão ordinário da co-criação. A sua crença determinou aonde você está agora, conduziu sua vida para as experiências alinhadas com ela. Você não pensa diferente do que acredita. Sua crença escolhe o território em que quer viver e seleciona seus habitantes que são os pensamentos. Tudo o que você sente está diretamente conectado com os seus pensamentos, mesmo que sejam reações aos estímulos externos. Sua crença determina aonde você vai colocar sua atenção e o que você vai sentir mais vezes.

Se você deseja mudar sua realidade para ser melhor, precisa necessáriamente mudar as crenças antes de qualquer coisa, senão as velhas crenças continuarão a influenciar suas decisões. Alinhamento e coincidência nada mais são do que descer a energia do plano coletivo até a sua decisão. É possível estimular as coincidências em sua realidade a partir da mudança cuidadosa daquilo que você acredita e repete em seus pensamentos. É possível transformar o padrão de co-criação.

VULNERABILIDADE

Muita gente confunde vulnerabilidade com fraqueza. Você tem medo de estar vulnerável? Então recorde comigo onde mora a vulnerabilidade. A corda do violão pode arrebentar-se durante o concerto. O salto do sapato pode quebrar no centro da cidade. A modelo mais linda pode cair na passarela. A memória pode falhar na hora do exame final. O paraquedas pode não se abrir quando deveria. O tubarão pode atacar os banhistas. O botijão de gas pode explodir na cozinha. O alcoólatra está dirigindo em alta velocidade. O passageiro espirra um virus contagioso ao seu lado. A bala perdida aceita qualquer alvo. Quando você não está consciente, parece que a vulnerabilidade nem existe. Quando dela se aproxima ou a experimenta, faz-se o drama. E você ainda tem medo de estar vulnerável?

PERSONAS

A doença não existe na pessoa, existe na personalidade. Assim como sua roupa não é sua pele, assim também suas personas não são a sua identidade e sim acessórios dela. Personas podem ser criadas, desativadas, alteradas, recicladas. A doença somente persiste na persona antiga pois se prende ao passado. Pessoas que não se deixam prender muito pelo passado são mais saudáveis. A quantidade de personas que você decide criar para sobreviver em situações desafiantes vai depender diretamente de sua escolha em validar ou não sua identidade. O excesso de personas é chamado erroneamente de crise de identidade, quando o que se deve levar em conta é a libertação destas camadas de performances específicas para a retomada do espaço singular de sua essência. A identidade é única, soberana, inconteste e se manifesta em sua natureza. A identidade quer cantar aos quatro ventos os versos de sua integridade.