quinta-feira, 4 de agosto de 2011

O FIM DOS TEMPOS

De tempos em tempos surge uma noticia de fim de mundo como sinal de alerta aos povos, sempre que algo de podre prevalece no comportamento da humanidade. Parece uma necessidade interna de renovar os horizontes e reciclar a busca por um mundo melhor.
Em 1910 tudo parecia ruir e acabou gerando a primeira guerra mundial. Ao mesmo tempo haviam seitas pregando o fim do mundo que nunca acabou. Exemplo real foi aquele agrupamento de fiéis que hoje conhecemos como Testemunhas de Jeová.  Jamais a Terra havia chegado tão perto de eliminar seus habitantes, mais nobres, diante da primeira vez que todos eles se atiravam uns contra os outros. Parecia mesmo o fim de tudo.
Depois de algumas décadas, esta mesma podridão gerou a segunda guerra mundial, sob o espectro sinistro da bomba atômica, onde surgiram as potências mundiais para controlar a humanidade e espalhar o medo como forma de governar. Nada mais normal do que apregoar o fim dos tempos logo ali na frente, no ano 2000 talvez. Parecia que a religião seria um instrumento desta certeza, mas quem tomou a frente do medo foi a tecnologia.
Como nada aconteceu, as entidades de plantão, defensoras do domínio global sob a égide do medo, resgataram as teorias catastróficas do povo Maya e a casaram com o Apocalipse bíblico de São João. Qual um filme hollywoodiano, espalharam as possibilidades de um cometa misterioso e imprevisível chocar-se contra a Terra, para retirar o homem de seus domínios sobre todas as criaturas terrenas, tal e qual aconteceu com o fim dos dinosauros, abrindo caminho para o domínio de povos extra terrestres dominarem nosso amado planeta. O ano de 2012 seria o fim dos tempos tal qual o conhecemos.
A Terra tem bilhões de anos de existência e continuará existindo. Há tantos planetas para serem descobertos e identificados quanto há pensamentos para serem elaborados. O Homem ainda nem se deu conta de se perguntar sobre o motivo real de existirem tantos planetas, qual a sua razão de existir como uma bola inóspita e sem vida, como um cemitério de poeira e gases, como um ato inútil de desperdícios. O Homem ainda nem descobriu coletivamente que não é dono do próximo minuto de sua existência.
A questão agora é recorrermos ao início de tudo, ao gênesis de nosso surgimento, se quisermos compreender o que está para acontecer ali no horizonte. Como tudo aconteceu há tanto tempo atrás, torna-se difícil especular nosso destino com uma réstia de certeza. O que não vai acabar nunca é esta nossa necessidade eterna de nos corrigirmos, para resgatar em cada pessoa humana o direito potencial à vida e a consciência de a preservarmos com garra, para que a eternidade permita nossa sobrevivência por mais tempo, reservando-nos um destino diferente daquele que foi reservado aos dinosauros.

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