O rejeitado não é a pessoa
certa para si mesmo, justamente por não se aceitar, por não se incluir no rol
de emoções saudáveis, por não se ver inteiro e digno, por acreditar que vai ser
socorrido no colo de um salvador da pátria. Assim sentindo, ele vai abandonar
seu próprio lugar emocional e nunca será encontrado “fora de casa”. Passará
décadas de sua existência em função da reclamação constante e radical sobre
quem lhe “rejeita”. Nem Deus o encontrará fora do próprio coração, pois seu
olhar desvirtuado o manterá ocupado com os sentimentos dos outros. O rejeitado
é mais um filho pródigo, longe de casa, curto de recursos, testando sua
humilhação no lugar da humildade. Enquanto isso, seu coração abandonado está
farto de Deus passivo, aguardando sua volta com um banquete de amor.
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