Há um ditado africano, profundo e verdadeiro,
expressando o desejo de que a morte te encontre vivo quando ela for te buscar.
Tem muita gente que nem sabe que morreu e ainda caminha entre nós, reclamando
de tudo, falando apenas de doenças, sem esperança ou entusiasmo, respirando
oxigênio pelo nariz automático, cansada de existir, perdida nos descaminhos da
rotina enfadonha. Tais pessoas deixaram de valorizar a vida e de contribuir com
o mundo à sua volta. São esqueletos transeuntes, manequins quebrados, casa
abandonada, candidatos ao esquecimento prematuro. Todos nós conhecemos alguém
nesta categoria. Todas as manhãs, precisamos olhar no espelho e nos perguntar
se estamos vivos ou mortos.
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