Não ter necessidades, não buscar controle sobre os
outros e não ser capaz de sofrer ao entender que quem sofre é apenas a mente,
são características indicativas do despertar de consciência. O processo de
desapego, do aprendizado que se segue, abre espaços internos para o vazio sem
medo de perdas, colocando as emoções em patamares mais distantes de si mesmo,
de um self que se decompõe sem dramas e escorre feito chuva sobre o solo da
identidade. Ao neutralizar o desejo, abre-se caminho para a fluidez dos
acontecimentos mais satisfatórios, onde tudo é perfeito e aceitável como vem.
Ao tomar consciência de que ninguém controla ninguém, pois vida é movimento
natural de energias se cruzando, superdimensiona-se a existência humana. Ao
abster-se da mente como única forma de percepção, o olho singular se abre ao
universo. O processo de despertar de consciência continua acessível a todos que
o procuram.
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