Reclamar demais pode parecer mania de gente chata. Emoções intensas podem parecer coisa de gente desequilibrada. Impulsividade pode parecer atitude de gente irresponsável. Cuidado antes de julgar. Nossa insensibilidade não nos deixa perceber vários sintomas de doenças ou disfunções mentais. É assim que construímos estigmas sociais, incentivando o isolamento, menosprezando pessoas irritadas, levando muito a sério as palavras críticas dos descontentes, sem levar em consideração o sofrimento de quem está do outro lado. Por isso precisamos conversar sobre saúde mental, ainda mais após um longo período de pandemia, onde muitas interações familiares caíram por terra diante das limitações de comunicação, das diferenças entre gerações, da impossibilidade de dar nome às emoções, das dificuldades financeiras, da incapacidade de delegar atividades ou de pedir ajuda. Todos estes estressores impactaram imensamente as relações familiares, agravando o estado de saúde de seus membros e levando a ansiedade às alturas. Ao incluirmos o tema saúde mental nas conversas, podemos estabelecer pontes de empatia e compaixão, quem sabe salvar vidas e humanizar nosso ambiente escolar, comercial e empresarial.
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