Trocar conversa por discussão e pensar que saúde mental não é tão importante quanto a saúde física, leva muitas pessoas a ignorarem a presença de distúrbios psíquicos no próprio núcleo familiar, empurrando os mais vulneráveis para alguma forma de abismo emocional. Sentimentos de culpa dos pais por terem gerado filhos com tais disfunções também agrava o problema, conduzindo-os para estados mais graves de crises. Não é preciso esperar um surto para concluir que alguém possui problemas mentais. O diálogo franco e sem julgamento pode abrir espaço a diagnósticos precoces e com mais chances de tratamento eficiente. A dificuldade de sentir, de expressar emoções naturalmente, a imaturidade emocional ou mania de brincar sempre com coisas sérias, a repetição de uma única emoção diariamente por longos anos, conversar sozinho em voz alta durante o banho, tudo isso pode sinalizar a necessidade de se conversar sobre saúde mental tal qual se fala e se cuida da saúde física. É uma questão de naturalidade. Onde há abertura, há trocas.
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