Protagonismo, resiliência e narrativa são duas palavras que se impuseram a nós nos últimos dois anos, sinalizando a necessidade de uma mudança maior na Humanidade. Se as instituições foram criadas por homens para colocar a Humanidade em segundo plano, elas começaram a cair uma a uma pela desconstrução de suas narrativas. Se os políticos são sustentados por lobbies que atentam contra nossos direitos básicos e deixaram de nos representar como cidadãos, nossa resiliência inocente ainda lhes deu respaldo para comprometer nosso destino como seres livres. Se novas vozes de poucos seres pensantes começam a exercer um protagonismo mais consciente, combatendo duramente a força midiática de narrativas suspeitas, chegou a hora de abandonarmos o foco na destruição e nos redirecionarmos para a construção de uma sociedade diferente.
Não podemos perder o trem
da história ao ignorar os temas mais urgentes de um debate social. O coletivo
tem mais força que o individual, a causa da pandemia é mais fundamental para
nossa sobrevivência do que os sintomas do covid-19, o aprendizado de como
fortalecer o sistema imunológico nunca chegou à mesa para discussões populares,
o valor da vida deve sobrepor o valor das coisas materiais, as desumanidades
precisam sofrer uma queimada geral e dar lugar ao cultivo de valores humanos, a
estrutura horizontal da trama humana é mais inclusiva do que as hierarquias de
poder público, temos controle apenas sobre o potencial da Humanidade e não
sobre as escolhas individuais. Abramos espaço urgentemente para o diálogo sem
posicionamentos radicais, pois o radicalismo não sabe amar. A união, sim, faz a
força e o amor.
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