Há dois estados do Ser, o medo e o amor. Quando
pensamos que existimos separados da Fonte, manifestamos medo. Quando deixamos
de existir como individualidade e voltamos para a Fonte, manifestamos amor.
Como ainda não descobrimos o amor incondicional em nossas percepções manifestas,
permanece o medo e a distância da Fonte, permanece a ilusão de existirmos fora
de Deus.
Se somos mesmo uma ilusão e não existimos como
realidade, de quem é esta ilusão? Quem está tendo a ilusão de que existimos
senão o Criador? Aonde o Criador quer
chegar com a manutenção desta ilusão? Ou será que tudo o que o Criador deseja é
acordar deste sono onde ele se imagina fragmentado em trilhões de
individualidades?
O Deus Absoluto é a mais Pura Consciência. Como tal,
Ele tem o recurso de conversar com a própria mente universal através de seus
poderes. Como tal, Ele penetra em cada sonho e expressa sua Presença,
convidando-nos a não existir, ou seja, a voltarmos à sua essência ou fonte
original. A Presença Divina, desde os tempos bíblicos, escolheu os milagres
como forma de mostrar que não existimos, pois assim vence a morte e ressuscita
um corpo, fecunda um útero sem as sementes masculinas, cura doenças incuráveis
sem o uso de medicamentos humanos, propicia a vida em abundância e
interminavelmente na natureza, tudo isso e mais um tanto para provar que nada
existe fora de Deus.
Hoje, esta mesma Presença se oferece inteira para
despertar a humanidade da ilusão da individualidade, seja através do despertar
da consciência ou através da morte existencial ou noite escura da alma. Através
dos tempos, esta mesma Presença Divina em forma de Puro Amor, deu-se ao avesso
para derramar sua essência amorosa dentro e fora de Si. Tudo o mais, fora deste
Amor, é pura brincadeira divina.
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