Quando a pessoa se posiciona acima do fato
desagradável que a incomoda, esta escolha se dá como mecanismo de auto proteção
e auto preservação, abrindo espaço interno para o desapontamento. Decepcionada
com alguém, ou com a vida em geral, ela decide negar a realidade indesejada
criando para si novos desejos que lhe pareçam mais aceitáveis pelo mundo, mas
ainda obscurecidos pela frustração. Este movimento interno de reciclagem dos
desejos, regride-a aos sonhos antigos e gera uma força incomum para sua
retomada. Como o tempo passou e mudaram as circunstâncias, ela opta pela
repetição de atos que a fortaleçam mais desta vez, as vezes até se
radicalizando sem medir as consequências, ou querendo pagar por elas qualquer
preço. Surge aqui a escravidão dos vícios.
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