Algumas pessoas já me perguntaram como lidar com a
culpa de sair de um grupo que já contribuiu muito com o nosso crescimento. Abrir
mão de nossas estórias é sempre muito dificil, mas são elas que nos fazem
esquecer de nossa essência, são exatamente estas estórias que nos fazem sofrer.
Se dermos sentido ao sofrimento ele estará cada vez mais forte em nossa vida,
mas se lhe dermos desimportância, adeus sofrimento.
Quando nos bate uma sensação de rompimento com a
nossa religião, não se trata de ingratidão. Se fosse mesmo é porque eu era
prisioneiro dela o resto de minha vida e não sabia. Ela existiu e existe para
trazer consciência e experiência de diferentes percepções a todas as pessoas
que a procurarem até que de repente elas tenham outras necessidades de voo.
Compare este processo de participar de uma religião
ao da escola. Você precisa evoluir para chegar até à universidade. Depois vem a
pós, o mestrado, o pHD, as pesquisas, os empregos. Não se trata de ser ingrato
à universidade, trata-se de evoluir. A universidade e a religião vão estar lá
para você sempre que der saudades. E você também pode admitir só para si que já
aprendeu o que ela queria que você aprendesse (diferente de achar que não
precisa mais dela) pois você não estaria onde está hoje se não fosse por ela.
O importante é discernir que sua gratidão deve ser
direcionada à Deus e não aos homens e mulheres que a frequentam. Responda a si
mesma se você frequentava religião ou escolas para aparecer ou se foi para
evoluir. Se foi pela segunda você alcançou o sucesso com honras. Tem gente que
ainda precisa beber deste ensinamento que é dado por lá, em forma metódica-ritualística-dogmática
muitas vezes, até se abrirem a novas possibilidades da espiritualidade. Deus
está em todos os lugares. Para todos os alunos.
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