Quando uma pessoa se sente capacitada para se envolver
em relacionamentos saudáveis, há uma enorme satisfação de continuidade e
fidelidade para com seu único parceiro. Ser capacitado para se relacionar a
dois significa ser capaz de andar em cima do muro quando for necessário ajustar
as diferenças, significa cultivar a neutralidade para remover as causas de
desentendimento. É assim que se constrói a confiança, elemento de suma importância
para a duração de um relacionamento de compromisso. A neutralidade funciona
como uma válvula da panela de pressão, liberando as tensões criadas pelas
interações que a vida vai nos oferecendo. Casais felizes são aqueles que
conhecem a neutralidade como ferramenta de harmonia.
segunda-feira, 30 de junho de 2014
domingo, 29 de junho de 2014
RELACIONAMENTO VIÁVEL
A pessoa permissiva e condescendente, aquela que
aceita até o inaceitável por não estabelecer limites, trabalha internamente
para a viabilidade dos relacionamentos como se tivesse medo da solidão ou de
ser criticada abertamente em público. Sua vontade de aceitar coisas
desagradáveis é uma escolha consciente para exercitar a coragem que se faz
necessária. Ela afirma diariamente, constantemente no plano mental, ideias e
frases de que sabe lidar com aquela situação desafiante. Como prêmio por esta
escolha ela se empodera consideravelmente e se lança em grandes empreitadas
sociais ou em relacionamentos de risco calculado. Ao se descuidar, pode criar
dependência ou manipulação. Se permanecer consciente, será capaz de garantir a
durabilidade da relação, tendo muito a oferecer ao parceiro.
sábado, 28 de junho de 2014
DESPREZO
A indiferença é uma arma emocional que fere tanto
quanto uma agressão verbal. O indiferente carrega em si uma lista de exigências
pessoais e emocionais, nem sempre atendidas em seu círculo de amizades ou
parentesco. O sentimento que o sustenta na indiferença é o orgulho, como um
surto leve de superioridade, transformando-se mais tarde em atitudes de
desprezo. A indiferença ainda tem portas abertas, mas no desprezo romperam-se
os laços de entendimento e a possibilidade de recuperação do diálogo foi
eliminada. Por isso a indiferença não deve durar muito tempo em qualquer
relacionamento.
sexta-feira, 27 de junho de 2014
DO CONTRA
Comportamento muito comum na adolescência por causa de
imaturidade emocional, a pessoa movida pelo desejo de vingança torna-se hostil
a partir do momento em que se posiciona contrariamente diante de todos, pelo
prazer de ser do contra, alimentando uma obsessão de vitória. Como a razão, a
lógica e o equilíbrio dos outros combatem esta obsessão, abrem-se espaços
internos para o exercício da raiva que a consome e corroi internamente, a ponto
de evoluir para o sentimento de ódio que a cega. Daí para a agressão física é
um passo se for desafiada em sua fragilidade ou pontos fracos. Os hormônios
exercem aqui maior influência do que os fatos.
quinta-feira, 26 de junho de 2014
DESAPONTAMENTO
Quando a pessoa se posiciona acima do fato
desagradável que a incomoda, esta escolha se dá como mecanismo de auto proteção
e auto preservação, abrindo espaço interno para o desapontamento. Decepcionada
com alguém, ou com a vida em geral, ela decide negar a realidade indesejada
criando para si novos desejos que lhe pareçam mais aceitáveis pelo mundo, mas
ainda obscurecidos pela frustração. Este movimento interno de reciclagem dos
desejos, regride-a aos sonhos antigos e gera uma força incomum para sua
retomada. Como o tempo passou e mudaram as circunstâncias, ela opta pela
repetição de atos que a fortaleçam mais desta vez, as vezes até se
radicalizando sem medir as consequências, ou querendo pagar por elas qualquer
preço. Surge aqui a escravidão dos vícios.
quarta-feira, 25 de junho de 2014
MEDOS E ALIENAÇÃO
Se a pessoa opta por punir quem a incomodou, ameaçou,
agrediu ou humilhou, é porque ela deixou prevalecer seus medos e inseguranças.
Tem momentos na vida que as ondas de medo são tão intensas que, em vez de nos
paralisarem, elas nos empurram a uma atitude impensada ou inconsequente, vista
por dentro como coragem. Surge aqui um período de bastante ansiedade e
preocupação, com a consciência de se saber despreparado para o passo já dado, a
ponto de querer se afastar de todos para que não assistam um possível fracasso.
Sem perceber, a pessoa entra numa fase de alienação, de dar um passo atrás, até
que a poeira se abaixe. Se a pessoa opta por deixar passar o incômodo causado
pelos demais, em vez de punir, ela se prepara para enfrentar as emoções que
surgirem ali.
terça-feira, 24 de junho de 2014
TRAGÉDIAS PESSOAIS
Nos momentos em que uma pessoa se vê ou se sente
condenada por alguém ou por todos, a pessoa perde a esperança de agir com
sucesso a entra num estado de apatia. Mas se tiver pouca estrutura psicológica,
ela entrará num estado de desespero e se abdicará de muitas coisas fundamentais
na vida. Sua indiferença descuidada para com a realidade poderá conquistar-lhe
uma tragédia pessoal ao atrair acidentes, brigas, rompimentos, abandono e
rejeição do grupo ao qual pertence. O resultado emocional mais frequente será a
mágoa profunda. Se persistir na posição de vítima, a mágoa tende a crescer mais
ainda. Se resistir, terá espaço interior para arrependimento e mudança de
comportamento.
segunda-feira, 23 de junho de 2014
O CAMINHO DA NÃO RESISTÊNCIA ( O CAMINHO DO MEIO - 7 )
Para
escaparmos da tortura mental basta nos desligarmos dos estímulos externos e do
registro dos cinco sentidos. O que parece uma decisão no início, torna-se uma
filmagem de nosso interior onde as leituras da percepção se apagam em troca das
imagens internas que também vão se desfilando, se esvaziando, perdendo força,
até que sejam trocadas por um espaço de vastidão infinita de consciência. Este
olhar pleno é suficiente para consumir as cargas emocionais e os pensamentos
confusos, onde exercitamos a não resistência, permitindo-nos fluir intensa e
conscientemente. Ou vivemos num fluxo mental agitado, ou fluímos num fluxo de
inteligência consciente que se expande indefinidamente. Estamos sempre fluindo
de alguma forma.
sábado, 21 de junho de 2014
O CAMINHO DA CONTRAÇÃO ( O CAMINHO DO MEIO - 6 )
A mente se comporta feito um cavalo selvagem quando lhe damos demasiada
atenção. Embora ela nada consiga resolver, substituindo uma dúvida por outras
ou um problema por outros, ela insiste em nos perturbar com perguntas confusas
gerando tensão. Ela nos faz viver o medo, revolvendo as cargas emocionais
depositadas ao longo dos anos, as quais acabam nos consumindo sem piedade. A
mente em funcionamento pleno nada mais é do que um exercício de contração do
universo pela sucessão interminável de pensamentos contraditórios e
distorcidos.
sexta-feira, 20 de junho de 2014
O CAMINHO DA VOLTA ( O CAMINHO DO MEIO - 5 )
Somos
seres multidimensionais e temos o caminho de volta para o Absoluto como fluxo
natural evolucionário. Não precisamos nos agarrar a nenhuma colônia ou coletivo
de nenhuma dimensão, muito menos querer acelerar o retorno, senão cairemos na
linha do tempo novamente. Nosso único compromisso é viver conscientemente o
aqui-agora, participando indiretamente do processo de construção ou criação do
despertar das pessoas, não em nosso nome, mas sim como Deus, em nossa forma
temporária. Sofrimento é a falta de consciência de que quem manda em tudo é o
Pai e Ele não existe para nós e sim nós existimos para Ele, como Ele. Portanto,
mãos à obra e vamos trabalhar na observação com afinco em cada instante.
quinta-feira, 19 de junho de 2014
O CAMINHO SEM TEMPO ( O CAMINHO DO MEIO - 4 )
O Caminho do Meio é a libertação mental e
decidida do conceito de TEMPO, pois o outro só existe diferentemente de
mim se eu voltar para a linha do tempo. Vou praticar a decisão de que o tempo
não existe ( a mente serve para nos ajudar também e cabe a ela contribuir desta
forma) e substituí-la pela Presença ou vibração do amor, sem ter que seguir
alguém, ficando claro que se eu seguir o que o outro acredita não estarei
escrevendo o meu próprio caminho, mas sim estarei reforçando o caminho e a
crença dele. Dito isto, estarei naturalmente me movendo rapidamente para a
quinta, sem nenhuma agenda religiosa ou espiritual que são próprias da terceira
e da quarta dimensões. O difícil é abrir mão dos rituais formatados e abraçar o
silêncio da verdadeira observação.
quarta-feira, 18 de junho de 2014
O QUE EXISTE ( CAMINHO DO MEIO - 3 )
Nossa
porta de desenvolvimento, a porta do coração, vibra o amor mais desinteressado,
sem qualquer forma de julgamento, conhecedora de que NOSSOS PENSAMENTOS SÃO
APENAS VIBRAÇÕES DO COLETIVO e podem ou devem ser ignorados ou receber menor
importância da nossa individualidade. Por isso aprendemos na Universidade
Oneness “meus pensamentos não são meus”.
Enquanto
julgarmos pensamentos e emoções não haverá consciência, pois somente a
inconsciência julga, não haverá evolução e sim involução baseada no passado
emocional. A consciência elevada não vibra na dualidade. Na consciência
desperta cessa a percepção do individuo, sendo substituída pela certeza de que
somos apenas a vontade divina se manifestando e participando de tudo o que
acontece, SEM NENHUM JULGAMENTO. Não existe humildade ali, não existe queda,
não existe ofensa, não existe reprogramação ( tudo isso é subproduto da mente).
terça-feira, 17 de junho de 2014
ERA UMA VEZ UM DEUS ( CAMINHO DO MEIO - 2 )
O
Criador vivia no Absoluto de si mesmo, de forma estática e compacta e não manifesta,
até que resolveu criar núcleos de pensamento para se manifestarem e interagirem
com Ele ou entre si. Assim Ele se dividiu na multiplicidade multidimensional
para se ver melhor através do movimento. Ele estava se pensando seriamente em
criar. Para Ele a unicidade é perpétua e ininterrupta, tudo é um todo só. Foi
assim que cada núcleo ou coletivo desceu uma oitava e criou o tempo e o espaço
para captar instantes da multiplicidade desta imensa Presença.
Veio
uma onda causando distorção cósmica chamada terceira dimensão, material e dual.
Depois veio a onda da quarta dimensão onde existe apenas o tempo, sem espaço e
sem necessidade física, o plano astral digamos assim. Depois veio a onda da
quinta dimensão onde é possível ser a consciência de que o outro sou eu neste
holograma divino, portanto, só estando ali para compreender verdadeiramente que
não é preciso corpo emocional (culpa, medo, tristeza, raiva) para vibrar em
consciência e existência. A vida só existe no instante, no aqui-agora. O
movimento também. Sem a individualidade, nada do universo seria visível. Porém, ele ainda existiria no Absoluto.
segunda-feira, 16 de junho de 2014
CONTATOS ESPIRITUAIS ( CAMINHO DO MEIO - 1)
Uma das grandes ilusões que temos sobre ser espiritual é a de que
devemos estar em contato com alguma ou várias entidades no plano astral. Esta é
uma visão limitante de separação e dualidade pertencentes a planos medianos de
consciência, mesmo que os consideremos superiores a nós. Este tipo de
relacionamento apenas reforça as crenças deterministas e o contato direto com
as emoções, lembrando que emoção= memória.
Nenhuma emoção nos liberta das
cadeias do tempo e do espaço. Seja culpa, raiva, tristeza ou medo, estas
vibrações necessitam do corpo físico e astral para compreenderem o passado que
não foi aceito amorosamente devido aos conceitos de individualidade e karma. A
emoção, como vibração ou energia, é criada simplesmente pelo movimento da
escuridão para a luz e da luz para a escuridão (dualidade de novo). Outra
ilusão é a de que, uma vez despertos ou iluminados, estaremos acima ou seremos
isentos-indiferentes-protegidos e cegos à dualidade dos não despertos.
domingo, 15 de junho de 2014
O CAMINHO DO MEIO
A partir desta semana estaremos publicando aqui uma
série de estudos sobre uma fase interessante do processo do despertar. Tempo e
espaço são duas dimensões existentes apenas na terceira e na quarta dimensão.
Como o despertar e a iluminação nos transportam para a quinta dimensão,
estaremos postando artigos sobre esta fase acima de tempo e espaço, com o intuito
de nos conscientizarmos desta possibilidade, até que ela vire realidade para
todos nós em nosso processo evolucionário. Não percam e ajudem-nos a divulgar
nosso blog-site para contribuírem também com o despertar de consciência da
humanidade.
VAIAS E OFENSAS
Na linha de estudos da consciência, quando uma pessoa
sofre uma humilhação, ela tem duas escolhas, aceitar ou reagir. Se aceitar, ela
sentirá culpa e vergonha de si. Se reagir à humilhação, jogará a culpa em
outras pessoas, num gesto inconsciente de vingança para destruir a imagem de
alguém que a incomoda. Neste nível baixo de consciência não se pode esperar
nada maior desta pessoa. Ela teve um passado cruel, não conseguiu se refazer
totalmente pelo perdão, restando em si a força da luta de classes e de gênero.
Sem perceber, ela lutará contra a vida, aprovando o aborto, separando e
afastando pessoas de seu convívio, impossibilitada de olhar para si ou de
assumir os próprios erros. A negação da realidade interior é sua única
ferramenta de sobrevivência, criando a própria interpretação da realidade exterior e a defendendo com
unhas e dentes na busca de apoio. A vida
para ela é um campo de guerrilha.
sábado, 14 de junho de 2014
MUDANÇAS DE RUMO ESPIRITUAL
Algumas pessoas já me perguntaram como lidar com a
culpa de sair de um grupo que já contribuiu muito com o nosso crescimento. Abrir
mão de nossas estórias é sempre muito dificil, mas são elas que nos fazem
esquecer de nossa essência, são exatamente estas estórias que nos fazem sofrer.
Se dermos sentido ao sofrimento ele estará cada vez mais forte em nossa vida,
mas se lhe dermos desimportância, adeus sofrimento.
Quando nos bate uma sensação de rompimento com a
nossa religião, não se trata de ingratidão. Se fosse mesmo é porque eu era
prisioneiro dela o resto de minha vida e não sabia. Ela existiu e existe para
trazer consciência e experiência de diferentes percepções a todas as pessoas
que a procurarem até que de repente elas tenham outras necessidades de voo.
Compare este processo de participar de uma religião
ao da escola. Você precisa evoluir para chegar até à universidade. Depois vem a
pós, o mestrado, o pHD, as pesquisas, os empregos. Não se trata de ser ingrato
à universidade, trata-se de evoluir. A universidade e a religião vão estar lá
para você sempre que der saudades. E você também pode admitir só para si que já
aprendeu o que ela queria que você aprendesse (diferente de achar que não
precisa mais dela) pois você não estaria onde está hoje se não fosse por ela.
O importante é discernir que sua gratidão deve ser
direcionada à Deus e não aos homens e mulheres que a frequentam. Responda a si
mesma se você frequentava religião ou escolas para aparecer ou se foi para
evoluir. Se foi pela segunda você alcançou o sucesso com honras. Tem gente que
ainda precisa beber deste ensinamento que é dado por lá, em forma metódica-ritualística-dogmática
muitas vezes, até se abrirem a novas possibilidades da espiritualidade. Deus
está em todos os lugares. Para todos os alunos.
sexta-feira, 13 de junho de 2014
NAS HORAS DA VIDA E DA MORTE
As religiões existem como caminhos para nos ensinar a
união de nossa existência com nossa essência amorosa e divina. Ela nos auxilia
a enfrentar a vida e a morte, o começo e o fim, o sofrimento e a glória, a
derrota e a vitória com esta mesma amorosidade, promovendo esta mesma
intimidade com a essência que nos preenche. É ela que nos ensina a darmos
sentido ao que não tem, a darmos sentido ao que parece feio e triste, ao que se
apresenta como inaceitável tragédia ou dor de abandono.
A espiritualidade nos envolve na unicidade dentro de
um espaço infinito de unidade. Nas horas da vida ela nos conscientiza da
finitude, na hora da morte ela nos devolve a eternidade. Nas horas da vida ela
nos ensina a superar perdas e rompimentos de laços emocionais, na hora da morte
ela nos cobre com o manto do perdão e da reconciliação. Nas horas da vida ela
nos conduz pelas turbulências dos julgamentos, na hora da morte ela nos ensina
a pousar na tranquilidade da sabedoria de aceitar as diferenças. A
espiritualidade nos ensina a aguentar qualquer tranco, inclusive o da morte.
quinta-feira, 12 de junho de 2014
UM SUSTO
Quando a gente está numa fase de algo desconhecido,
pensa que é o fim, mas é apenas um degrau da caminhada. A cada degrau que
subimos, novas percepções vão surgindo, nada muda, apenas nos despojamos do
mundo como se morrêssemos para ele e renascêssemos para Deus estar inteirinho
dentro de nós.
A mente se assusta com esta nova forma de Ser, de
viver sem passado nem futuro, de desligar-se de tudo o que outrora nos
aprisionava e nos tensionava, de
ressignificar nossa existência terrena sob um novo ponto de vista - o da
consciência divina em nós.” É de sonho e
de pó” este desmanche em avalanches de coisas desimportantes. Elas nunca
tiveram importância em si, apenas a importância que VOCÊ tinha dado a elas sem
merecer. É lindo quando você pergunta o que vai sobrar de você quando tudo isso
acabar: se estas coisas se soltaram de você é porque elas não eram você, foram apenas
incorporadas com o tempo. A resposta é: só vai restar a sua essência divina.
quarta-feira, 11 de junho de 2014
CONEXÃO LIBERTADORA (3)
Nesta fase livre, leve e solta, as nuvens escuras do
medo perdem força e poder, abrindo espaço interior para viver sem desejos. Como
estes dois aspectos, o medo e o desejo, são responsáveis pelos conflitos e
desequilíbrios emocionais, a paz retorna à nossa casa, mesmo que cause sensação
de estranheza por alguns momentos. Sem medo e sem desejos, a consciência se manifesta
com mais clareza e nos conduz para novas experiências descompromissadas com o
mundo material. Sem medo e sem desejos, a consciência se expande
imensuravelmente, dissolvendo membranas e fronteiras de percepção, dissolvendo
olhos e filtros familiares de percepção. NÃO HÁ MAIS NECESSIDADE DE BUSCAR A
CONEXÃO DIVINA, POIS SÓ A BUSCA QUEM ESTÁ FORA DELA. A comunhão com o divino,
ao ser estabelecida, joga a consciência para os territórios do Absoluto. Dali
em diante torna-se impossível descrever o que não é.
terça-feira, 10 de junho de 2014
NO CORAÇÃO TRANQUILO DA EXISTÊNCIA (2)
Nesta fase livre, leve e solta, eu me desobrigo de
mudar o mundo ou de querer ser a tábua de salvação para o desespero dos outros
que alimentam resistência à felicidade. Eu me liberto de missões impossíveis,
de sonhos irreais, de desejos insaciáveis, de metas engessadas, de conceitos
limitantes e de cobranças injustas. Eu me alinho à uma força maior que sabe o
que eu não sei, que faz o que eu não sei fazer, que organiza o caos em ordem e
a ordem em caos acima de qualquer lógica assimilada com o tempo. Eu me vejo sem
recheio e sem forma, sem eu. Tudo é percebido como sendo a água do mar, com
mais consciência de mar do que de água. Tudo é percebido como sendo um gigante
astro celeste flutuando no infinito, com mais consciência de luz do que de
infinitude. Tudo é percebido como Ser, como consciência plena, como Deus. Tudo
é calma no coração tranquilo da existência. É tudo tão ok...
segunda-feira, 9 de junho de 2014
LIVRE, LEVE E SOLTO (1)
Há uma fase no processo do despertar em que se
experimenta a liberdade num nível mais elevado de libertação mesmo. Há um
desapego de si e do outro sem culpas de se sentir egoísta, sem aquela mania de
se sentir responsável pelos problemas ou pela felicidade dos outros. Afinal,
como posso ousar ser egoísta se este mundo é de meu Deus e é Ele quem toma
conta de tudo da maneira Dele? Como posso querer resolver o descontentamento
dos outros se ainda não resolvi nem os meus?
Nesta fase a gente caminha pelas ruas como se não
pudessem nos ver, mas sem o sentimento de rejeição, com uma sensação de
invisibilidade, sem a sensação de desconexão, mas com um sentimento de
pertencimento livre, leve e solto. É uma expansão de consciência repentina,
simplesmente acontece e nos permite voar sem ter asas, sorrir sem ter motivos,
andar sem pensar em nada, mas ao mesmo tempo se saber dono de uma prontidão,
capaz de fazer download de qualquer informação que venha a precisar para o
momento, ou melhor, cada momento se basta!
domingo, 8 de junho de 2014
AJUDAS INTERNAS
Às vezes a gente acha que está podendo, se acha de
maneira intensa, se acha melhor do que os outros. É neste momento que oscila o
termômetro de nossa estima pessoal, denunciando uma certa confusão entre
manipulação e influência para compensar sua irreversível queda.
Em outras
circunstâncias a gente se recolhe, promove comparações injustas, oscilando a
estima rapidamente para baixo. São movimentos internos inconscientes, frutos de
informações antigas arquivadas e prontas para serem recicladas. São repertórios
externos conhecidos que acabam nos afastando de pessoas queridas.
Quando a
gente se acha, é quando mais estamos perdidos no relacionamento consigo
próprio, e assim o fazemos para provocar inconscientemente as críticas dos
outros como referência de crescimento. Sorte de quem se percebe nelas.
sábado, 7 de junho de 2014
FLUXOS
A existência é um fluxo de eternidade. A vida material
é um fluxo de matéria em frequências diferentes. A vida é um fluxo de movimento
denominado acontecimentos. A respiração é um fluxo de prana e oxigênio. A
natureza é um fluxo de ciclos vitais e renovação. A fala é um fluxo de
pensamentos e palavras.
Se tudo é fluxo, nós nos irmanamos no movimento. A
eternidade aceita a existência. A matéria aceita mudanças de frequências
naturalmente. A vida aceita o surgimento constante de acontecimentos. A
respiração aceita o que a preenche. A natureza aceita a destruição, pois a vê
como parte da renovação. A fala aceita palavras sem pensar e pensamentos sem
articular.
Se tudo é aceitação em movimento, nós nos irmanamos na
mais pura observação de estarmos aqui, agora.
sexta-feira, 6 de junho de 2014
ONDAS INTUITIVAS
O nosso cérebro oscila em diferentes frequências,
provocando em nós diferentes respostas. O estado alfa, aquele momento gostoso e
preguiçoso quando vamos dormir ou quando despertamos querendo ficar mais um
pouquinho na cama, promove em nós o exercício da intuição que é armazenada no
plexo solar. Por sua manifestação é possível lembrar alguns sonhos sonhados
naquela noite, é possível encontrar a solução para um desafio do dia anterior,
é possível vislumbrar uma ideia genial, é possível encontrar uma resposta que
há tempos procurávamos. Este estado de calma e lucidez é completamente diferente
do estado beta, aquele em que geramos conflitos em cima de conflitos, brigamos
com nossa voz interior, registramos excesso de informações sem digeri-las e
respondemos com contradições a tudo que nos exige firmeza.
quinta-feira, 5 de junho de 2014
POR QUE SERÁ QUE EXISTIMOS?
Há dois estados do Ser, o medo e o amor. Quando
pensamos que existimos separados da Fonte, manifestamos medo. Quando deixamos
de existir como individualidade e voltamos para a Fonte, manifestamos amor.
Como ainda não descobrimos o amor incondicional em nossas percepções manifestas,
permanece o medo e a distância da Fonte, permanece a ilusão de existirmos fora
de Deus.
Se somos mesmo uma ilusão e não existimos como
realidade, de quem é esta ilusão? Quem está tendo a ilusão de que existimos
senão o Criador? Aonde o Criador quer
chegar com a manutenção desta ilusão? Ou será que tudo o que o Criador deseja é
acordar deste sono onde ele se imagina fragmentado em trilhões de
individualidades?
O Deus Absoluto é a mais Pura Consciência. Como tal,
Ele tem o recurso de conversar com a própria mente universal através de seus
poderes. Como tal, Ele penetra em cada sonho e expressa sua Presença,
convidando-nos a não existir, ou seja, a voltarmos à sua essência ou fonte
original. A Presença Divina, desde os tempos bíblicos, escolheu os milagres
como forma de mostrar que não existimos, pois assim vence a morte e ressuscita
um corpo, fecunda um útero sem as sementes masculinas, cura doenças incuráveis
sem o uso de medicamentos humanos, propicia a vida em abundância e
interminavelmente na natureza, tudo isso e mais um tanto para provar que nada
existe fora de Deus.
Hoje, esta mesma Presença se oferece inteira para
despertar a humanidade da ilusão da individualidade, seja através do despertar
da consciência ou através da morte existencial ou noite escura da alma. Através
dos tempos, esta mesma Presença Divina em forma de Puro Amor, deu-se ao avesso
para derramar sua essência amorosa dentro e fora de Si. Tudo o mais, fora deste
Amor, é pura brincadeira divina.
quarta-feira, 4 de junho de 2014
DIAS E NOITES
Dentro de nós
oscilam dois aspectos do ser, a sombra e a luz. A sombra seria tudo aquilo do
qual temos alguma vergonha ou consciência de causar impacto na crença dos
outros, aquilo que tememos destruir nossa imagem se for abraçado publicamente,
aquilo que ao ser dito pode nos afastar das pessoas que amamos, mas ao mesmo
tempo nos trouxe algum prazer e boas memórias e deve ser protegido pelo
silêncio, pela distância e pela omissão. Seria nosso lado lua.
A luz seria tudo
aquilo que nos autoriza sermos autênticos e coletivos, aquilo que acrescenta
algo de bom às pessoas que amamos e temos apreço, aquilo que ilumina o caminho
de quem ainda não conhece a superação e agarra nossas mão com um grito de socorro, aquilo que nos aproxima do
céu interior e atrai bênçãos para a realização de propósitos nobres. Seria
nosso lado sol.
A lua
apoia os mistérios, o sol apoia a lucidez. A lua sustenta o frio da alma, o sol sustenta o calor do coração. A lua
derrama muitas de nossas faces, o sol derrama nossa essência. A lua pede em
nome da falta, o sol agradece pelo prazer de agradecer. A lua valoriza o
inconsciente e nos coloca para dormir, o sol desperta nossa consciência e nos
permite viver.
Assim passam os dias e as noites de nossa existência.
terça-feira, 3 de junho de 2014
CORAGEM DE QUESTIONAR A FÉ CEGA
A religião deixa você ser quem você é ou molda seu
comportamento no que ela acredita?
Sejamos imparciais nesta resposta. Ela tem
um quadro de indicações para você se analisar e corrigir o rumo, caso você saia
dos trilhos ditados por seus ensinamentos particulares. Ela lembra que sua vida
deve satisfação ao criador dela e o ensina a se comunicar com este criador. Ela
sabe que você é filho deste criador, por isso desentorta o vergão sempre que
for preciso e o traz de volta para casa.
Ao internalizar os ensinamentos específicos, você se
afasta de sua essência e passa a viver o ser idealizado por ela. É como se você
escolhesse a própria prisão e nela se instalasse para ali descobrir o valor da
libertação, como se você se anulasse primeiro para depois se encontrar no
vazio, como se você fosse um aluno que se apaixonou tanto pelo professor que
não quis passar de ano nem sair da escola.
Se a fé é um salto no escuro, ela é cega; se é um
salto na luz, ela é esclarecida. Afinal, a religião deixa você ser quem você é
ou molda seu comportamento no que ela acredita?
segunda-feira, 2 de junho de 2014
MÁGOA ESCONDIDA
Tem certas coisas que não cabem em nossa lógica
pessoal, cegos que estamos pela mágoa mal resolvida. Partimos do ponto inicial
de nossas dores e nos lançamos em interações mundanas de forma agressiva,
limitante, separatista, condenatória, em busca de justiça para as nossas
incompletudes. Ocultamos nossa verdade para que nossa lógica imperfeita de
entendimento seja repassada como arco-íris da verdade. Espalhamos, no ambiente
próximo, a gosma vexaminosa de nossas palavras e acreditamos na remissão de
nosso sofrimento. Atiramos na fé das pessoas com nossa metralhadora giratória e
agonizamos em praça pública quando nossas fraquezas são traduzidas finalmente
por quem está inteiro.
Até que um dia a gente amadurece emocionalmente e se
cala.
domingo, 1 de junho de 2014
PAIS DIVINOS
A espiritualidade pode ser comparada à duração de uma
vida. Temos a infância espiritual quando apenas repetimos o que nos é ensinado
sobre Deus, céu e inferno, pecado e salvação, amor e fé. Há uma conotação de
medo, de punição e castigo, de consequências irreversíveis para a nossa alma,
pois afirmam estarem nos educando.
Temos a juventude espiritual quando fazemos escolhas
sobre a forma como iremos praticar religiosidade, checando e questionando os
ensinamentos, praticando o que nos faz sentido, usando a religião como forma de
socialização e formação de valores. Há uma certa conotação de liberdade e
confiança, pois estamos praticando escolhas para conhecer as consequências.
Temos a
maturidade espiritual quando entendemos a diferença entre Religiosidade, com
intermediários entre nós e Deus, e Espiritualidade, quando o foco principal
repousa em nossa conexão pessoal com o Divino. Há uma conotação de entrega
total, pois o ego começa a desaparecer no colo do Supremo. Em qualquer uma destas fases, somos filhos queridos
do criador, sendo guiados amorosamente por Ele.
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