Ramesh Balsekar era um velhinho iluminado que
recebia pessoas em sua casa, há mais de 30 anos, para ensinar de graça pérolas
da iluminação. Ele faleceu há alguns anos aos 92 anos de idade. Adoro a
comparação que ele faz entre a vida e o filme.
Ramesh sempre acreditou que o que tem que ser,
será, ou seja, tudo acontece de acordo com o plano Divino, orquestrado
anteriormente pelo plano que Deus escreveu para cada alma criada. Ele
acreditava que a vida é predeterminada, o destino existe sim, apontando que
esta crença lhe deu a maior paz de espírito que alguém poderia ter. Para ele,
paz de espírito é a verdadeira cara da iluminação.
Enquanto estamos dormindo, sonhamos algo que nos
parece verdadeiro. Ao acordarmos, entramos em outro sonho, desta vez chamado de
realidade. Ramesh ensinava que nossa vida é um filme produzido por Deus. Como
só existem cinemas na Terra, temos que vir aqui para assistí-lo. Assim como nos
deixamos envolver pela trama da estória, pela tragédia ou pela dor dos
personagens com quem nos identificamos ao assistirmos um filme, assim também
acontece em nossa existência. Não adianta a gente querer mudar o futuro de um
personagem nem o final da estória, nem adianta criarmos expectativas, pois tudo
já está gravado. Cabe a nós somente aguardar o final, sem gastar energia
desnecessária.
Enquanto isso, saboreamos uma deliciosa pipoca e nos distraímos
com aquela diversão que deve ser a vida, na tela branca da consciência.
Assistimos aos eventos que se descortinam à nossa frente, sem julgá-los, ora
chorando ora aplaudindo, mas sem levar a emoção de um minuto para o outro que
se aproxima. O tempo passa, o filme passa, a vida passa, aí a gente volta para
a eternidade e pede ao Senhor se ele deixa a gente ir ao cinema de novo, no
próximo final de semana cósmico.
Um comentário:
Muito bom1 pq não há livros em pt dele?
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