Quando não sabemos para
onde ir na vida nem o que fazer com ela, é tempo de aguardar um momento para
nos reconectarmos com o coração, com os desejos do coração, com a oração que
acalma o coração. Se for muito difícil, torna-se prudente parar tudo para compreendermos que sair do lugar pode
estar significando falta de vivenciar o que estiver acontecendo.
Ter consciência
significa experimentar com atenção, olhar sem envolvimento, agir sem tomar
partido, fluir. Viver sem consciência do momento presente pode abrir espaço
para o passado com suas memórias comprometidas ou para o futuro cheio de
preocupações. Só a identificação com as memórias emocionadas pode impedir a
tomada de consciência e impedir a clareza para tomar decisões acertadas. Aliás,
a decisão torna-se certa apenas quando resistências são eliminadas. Viver com
consciência é viver com a ciência de não parar nem cruzar os braços, ao
contrário, arregaçar os braços e nadar na direção para onde corre o rio.
A vida parece uma ida
para a mente. A vida é a caminhada e não o caminho para quem desperta a
consciência de se estar presente o tempo todo. A mente não sabe disso e
acredita escolher caminhos como exercício de poder e sobrevivência, acredita
sempre na chegada. A vida é um processo interminável. Ela começou antes da
concepção e continuou na linha do tempo após o que chamamos de morte física. Só
a mente acredita em descontinuidade e fragmentação. A consciência sabe que o
universo é um continuum que se manifesta na unidade de todas as coisas. Ela não
precisa ir nem vir, fazer nem desfazer, aprender nem desaprender. Ela fica
estável dentro de um veículo em movimento. A vida se move energeticamente como
Deus quer, para onde ele quiser, até para o nada.
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