O processo de
autoconhecimento não é diversão, é trabalho interior profundo e contínuo que
exige coragem e dedicação. Você é aquela roupa suja que, de repente, é levada
para a máquina de lavar. Primeiro encontram-se os ingredientes ou recursos que
farão o trabalho de desbloqueio, cada um indicado para cada tipo de sujeira. Em
seguida você é pressionado a estar em um espaço menor de atuação, para
aproximar-se melhor de sua autoimagem e essência. Depois tudo fica escuro
diante de suas sombras, seus defeitos, suas limitações e arquivos de atitudes
erradas do passado, obrigando-o a encarar coisas que não queria nos outros, mas
ainda se escondiam em si. Pouco a pouco vem chegando ondas de consciência e
responsabilidade para com os próprios pensamentos e emoções. De repente a
máquina começa a girar, colocando sua vida de cabeça para baixo, uma tontura
existencial, um estar perdido no próprio corpo. Esta fase demora até você se
aceitar como é, representando a fase de morte da imagem, antiga e idealizada,
de sua persona pública; representando a limpeza. O mesmo corpo terá, agora,
outras funções mais limpas de propósito. O aprendizado de conviver consigo de
forma mais íntegra, vai refletir positivamente na maneira como você irá se
relacionar com os outros. Ao apaixonar-se pela integridade, surgirá novos
anseios de mergulhar mais fundo para se conhecer melhor. Só o tempo responderá
se valeu a pena.
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