A mente humana insiste em
oscilar entre a busca do prazer e a fuga da dor. Muitos compram esta ideia.
Muitos confundem prazer com felicidade e erram o alvo. Muitos amplificam as
reclamações e as chamam de dor, acertando o alvo. Ser um buscador apenas de coisas
fugidias é exercício para os Poetas, não é para todo mundo. O que vem, vai. O
que sobe, desce. O que entra, sai. O que lastima e pechincha e suplica, acaba
opondo-se demais aos outros. Ninguém se apaixona por alguém por ele reclamar
demais. Reclamação gera resistência e afastamento dos outros. Paixão é puro
prazer, não é amor; é codependência, não é amor; é fumaça que cega o olhar para
o verdadeiro amor. Dizem que prazer demais adoece, encurta a vida ao
desperdiçar energia vital. Dizem que dor demais provoca estados depressivos. Há
quem busque a dor e recebe o nome pomposo de masoquista. Há quem foge do prazer
e recebe o nome glorioso de celibatário. Há quem só acredite no ego e recebe o
nome verdadeiro de egocêntrico sexahólico.
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