A vida tem seus momentos
de se encontrar nos lugares certos, de se expressar com autonomia, de andar com
clareza na mente e passos firmes no chão, tem seu território familiar como
porto seguro, mas nem sempre é assim. Nos casos em que dinâmicas disfuncionais
comprometem a existência individual, ocorre troca de papeis. O marido passa a
ser filho da esposa codependente. O filho passa a ser o cuidador financeiro dos
pais limitados. A esposa passa a ser a enfermeira do marido que não lhe ama
mais. A filha passa a ser um estranho no ninho para substituir a irmã falecida.
Torna-se impossível conhecer a si mesmo sob estas circunstâncias forçadas.
Percorre-se um calvário particular ao ter que conviver com emoções sem raiz
aparente, ao carregar a cruz de outras pessoas.
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