Meu trabalho interior não
pode parar por causa da minha idade. Ele continua pelo desejo forte de ser eu
mesma, passando pela autoestima de resgatar o presente que Deus me deu de estar
viva e ser única neste mundo, sem necessidade de me comparar com outras pessoas,
sem necessidade de beber da água velha.
Eu não preciso me abandonar à própria sorte, eu dirijo o meu automóvel,
escolho quem vai estar no banco de passageiro do destino, eu compartilho a
paisagem com quem me ajuda a ser alegre, eu escuto meus passageiros por
educação e por consideração sem me alienar, eu me incluo nas equações e na
matemática da vida. Se ainda respiro é porque estou viva. Se estou viva é
porque ainda tenho função. Se tenho função, não posso me atrasar. Batom na boca
e coragem nos olhos.
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