Seria
sempre sábio aproveitar momentos de luto familiar para refletirmos, onde a
emoção não estiver em excesso, mesmo que não pareça propício. A perda de um
ente querido desencadeia um turbilhão de emoções e pensamentos que abraçam a
tristeza e o desespero, mas nada nos impede de viver o momento de luto em vez
de transitar somente nos pensamentos de futuro sem aquela pessoa que se foi. Se
somos nós que ficamos, é tempo de meditar sobre o que estamos fazendo com nossa
vida, os motivos que nos fazem agradecer o estar vivo, os propósitos maiores
que nos animam. É tempo de meditar nas consequências de nossos atos, nas
escolhas conscientes ou inconscientes que fazemos e para onde elas nos levam
diante da vida. É tempo de reavaliar como usamos nosso tempo para nos tornar
pessoas melhores, para plantar e colher o que nos faz crescer, como lidamos com
a pressa e com as pausas saudáveis. É tempo de rever o que deixamos até agora
de legado pessoal no plano dos relacionamentos e laços afetivos, o que
deixaremos como lembranças e referências de vida, o que criamos ou contribuímos
com o mundo e vai dar frutos através dos beneficiados. Já que a vida é mesmo um
sopro, que seja uma brisa de amor e lucidez.
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