Lidar com o estresse do isolamento é repetir
como lidamos com egoísmo e com relacionamentos competitivos. Menos amor e mais palavras
ou menos palavras e mais rejeição, menos atenção e mais precipitação, menos
cuidado e mais insensibilidade, menos diálogo e mais julgamentos ou menos razão
e mais reclamações. A saúde dos relacionamentos se compromete a cada discussão,
a cada implicância ou impaciência, a cada gesto de intolerância. A saúde
retorna quando se restabelece o nível civilizado de diálogo, a predominância da
inteligência emocional sobre aquela velha opinião formada e quando se recupera
o nível de confiança em si diante do diferente e do desconhecido ou
imprevisível. Se crianças estiverem por perto testemunhando as limitações do
casal, poderão sentir culpa pelo desentendimento e ampliarem o tensor familiar
do medo, desaguando em distanciamento afetivo. Este isolamento está
silenciosamente causando conflitos emocionais e comportamentais por não ter
sido espontâneo, embora seja opcional em alguns casos. Quem se esquecer da
importância da saúde mental nesta quarentena, vai acrescentar mais perdas no
processo.
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