O que você fala não é o que você sente. A
maldade e a doença só querem a sua fala, a sua atenção, a sua energia vital e
elas andam de mãos dadas, numa simbiose irrefutável. Pergunte à indústria
farmacêutica. A maldade e a doença são o filme produzido pela sua fraqueza
humana, o seu vômito da meia noite, a sua desistência da harmonia, a sua lama
bem cuidada feito um jardim de sombras. Elas pertencem apenas ao corpo. O que
tem de melhor lá dentro de si será oferecido à vida plena, dure o quanto durar.
Um dia, restará apenas um sorriso de alma partindo para campos floridos de luz,
deixando para a terra e sete palmos os resquícios da maldade e da doença. A
parte que se apaixonou pelas limitações ou pelo canto da sereia entorpecente
será contida e devolvida à matéria, em forma de pó. A parte que admirou
estrelas, declamou poemas para a pessoa
amada, acolheu e protegeu a inocência das crianças, abraçou a sabedoria dos
idosos, navegou nos rios da ternura, sacrificou-se amorosamente para ser
provedor, respirou doutrinas sagradas, compartilhou sua luz, andou com sua
grandeza e distribuiu a água límpida de seu coração ao próximo, ah, essa parte
não morrerá jamais.
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