sexta-feira, 26 de junho de 2015

JUSTIÇA SOCIAL



Os governos populares emprestam voz aos pobres injustiçados de maneira condicionada. Como eles vieram da posição de vítimas do sistema econômico, eles atacam vorazmente os programas sociais disponíveis, revelando à sociedade uma verdade até então escondida, a de que os pobres também são corruptíveis diante de uma utopia político-social. Por lhes faltar o acompanhamento da educação atrelada à mobilidade social, eles emprestam sua vulnerabilidade a políticos incautos que os transformam em massas de manobra para projetos pessoais de enriquecimento fácil, e desta comunhão oportunista surge a mentalidade invasora dos  bens  alheios em todos os níveis da sociedade, ou seja, dos assaltos aos cofres públicos, aos assaltos à residências e propriedades privadas, culminando com o assalto à vida das pessoas comuns de forma protegida por este mesmo Estado que lhes estendeu as mãos. Deste processo autofágico, nasce a desordem, a baderna, o desrespeito, a desconstrução de reputações, a generalização dos defeitos e erros humanos, a quebra de valores, a destruição das instituições, formatados como um objetivo partidário de poder eterno para a institucionalização de novas formas ditatoriais no plano político-econômico-social. Por isso, nem toda revolução serve a todos os cidadãos de forma justa. Por isso,a justiça social é mesmo a maior de todas as utopias.


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