domingo, 21 de junho de 2015

EDUCAÇÃO E TECNOLOGIA


Não temos mais escolha diante da tecnologia, pois ela vai existir durante um bom tempo, mas ela não oferece vivência para as crianças. Toda a infância se desenvolve diante de processos e narrativas, diante do fazer de conta e do fazer de verdade, não apenas no nível visual, mas no nível sinestésico. Para aprender um idioma precisamos primeiro ouvir a sonoridade dele que oscila com a narrativa que nos oferece um conhecimento de forma palatável. Assim também deve ser a apresentação da vida dos adultos para as crianças. É preciso incluir a vivência ou o recurso das estorinhas sobre uma vivência, com começo, meio e fim para auxiliar as crianças na organização do pensamento e na leitura do mundo.

A tecnologia coloca a criança como protagonista de uma realidade desconhecida, criando o risco de um aprendizado distorcido da realidade, onde ela toma e registra decisões baseadas em pontuação e destruição, em palavras cortadas e mensagens truncadas, baseadas na velocidade e não na absorção promotora do pensamento crítico. Cabe aos adultos colocar freio na ansiedade criada nas crianças pelo uso intenso das tecnologias de entretenimento.


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