O amor é um ato de intervenção na febre de cada
julgamento. No calor das emoções, torna-se um recurso de interpretação da
realidade indesejada esta nossa capacidade de julgar o que se passa, dentro de
nossos recortes culturais e emocionais, na ânsia de justificar a resistência
que erguemos ao que parece nos ameaçar. Só o amor pode derrubar esta
resistência à realidade de sua ausência. Só o amor pode despertar em nós a
consciência momentânea de que algo pode não ser exatamente como pensamos. Só o
amor pode nos alertar para nossas forças diante de tudo o que parecia ser
ameaça e virou um grito de carência de alguém. O amor intervém sempre que um
grito de desamor ecoa num coração pequeno.
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