Do lado de cá está o espaço da idade adulta. No meio,
corre um rio caudaloso chamado tempo, arrastando os acontecimentos da vida. Do
lado de lá está o espaço da espiritualidade da alma em processo de evolução
aqui na Terra.
No lado de cá julgamos, ofendemos, eliminamos,
choramos, cobramos, tudo em nome do ego e das crenças pessoais. Até que
percebemos algo positivo do lado de lá, mas não atravessamos o rio ou por não
sabermos nadar ou por não ter uma ponte à nossa frente. Até que percebemos o
tempo passando rápido, mas em vez de tomarmos consciência do que seja realmente
importante, a gente prefere fugir da dor e correr atrás da razão e do prazer. A
gente não sabe que existe uma ponte logo à nossa direita ou à nossa esquerda. Não
sabe porque não queremos sair de nossos posicionamentos e opiniões, ficando
rígidos e inflexíveis na vida.
Quando abrimos mão da opinião e da necessidade de
estarmos certos o tempo todo, nosso corpo caminha para um dos lados e encontra
a ponte já existente. A ponte chama-se “aceitar o diferente de nós”. Quando a
descobrimos, tudo passa a ser feito com amor e sem julgamento. Toda pessoa se
sente especial em nossa vida. Não existe mais o medo porque não existe mais a
separação entre as pessoas. Desaparece o que chamamos de maldade, pois ali
todas as pessoas atendem às necessidades básicas de amar e ser amado. O manto
da felicidade nos protege e nos
acompanha vida adiante e mundo afora. É tão bom atravessar esta ponte.
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