Se eu abrir mão de buscar respostas lá fora para os
exercícios racionais de meu ego, se eu abrir mão de criar e prestar atenção
nestas estórias que me roubam a consciência do aqui-agora, se eu abrir mão de
nadar no turbilhão de pensamentos e repousar na margem do silêncio interior,
esta renúncia aparentemente insignificante vai me conduzir a um espaço exterior
de infinitude e expansão, de calma existencial, de santidade e sacralidade que
me colocará num paraiso possível de não existência, muito maior do que qualquer
percepção anterior de existência ou individualidade. Esta visitação aos meus
avessos me despe de uma realidade limitante e desorienta a razão, esticando os
horizontes do amor. Este novo espaço do Ser se abre em luz de uma qualidade
racionalmente desconhecida chamada consciência coletiva.
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