Existe o momento certo para cada coisa. Existe o lugar certo para cada coisa. Tudo tem também a hora errada e o lugar errado para acontecer. Entre o certo e o errado, como medidor do sucesso ou do fracasso, existe o espaço para o exercício do discernimento ou avaliação consciente da realidade.
O ideal nem sempre é real. O ideal reflete aquilo que queremos ser e carrega em si sonhos impossíveis, um pouco de agonia, cargas de ansiedade e medos, um descontentamento com o que se é. O real é cru ainda que cruel, mesmo assim ele é mais fácil de ser trabalhado após ser aceito e ser amado. O real está mais perto de nós, mais próximo do poder de realização sem a interferência das limitações. Se o desejo vier do coração, o real terá força e poder. Se vier da cabeça, tenderá a abandonar-se e a navegar nos mares sombrios da dúvida.
Só amamos aquilo que aceitamos. Só transformamos aquilo que antes abençoamos. Tudo o que não aceitamos torna-se luta e resistência, fonte de novos conflitos, desgaste de energias produtivas. Sem resistência e sem auto boicote somos mais fortes. Realistas, somos mais íntegros. Lúcidos, somos mais confiantes. Viva o discernimento. Viva a consciência.
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