Quando uma pessoa de nosso relacionamento pessoal próximo muda de comportamento, isto nos assusta pois nos tira da zona de conforto, a qual é amplamente confundida com zona de segurança pessoal. Se o susto for grande, maior será nossa reação, já que o ser humano julga precipitadamente ou ataca o desconhecido, muitas vezes perdendo a racionalidade e acusando esta pessoa de ser irracional.
Toda situação inesperada ou surpreendente tende a ressaltar nossos limites, os quais serão projetados para os outros sem qualquer cerimônia, quase de forma automática. Se o fizermos do ponto de vista da insegurança, haverá discussões ou choro. Se o fizermos do ponto de vista autoritário e arrogante, agiremos condenando a outra pessoa envolvida ou optando por todas as formas de agressão. É que o inesperado nos assusta justamente por estarmos engessados em alguma forma antiga de ser, impedindo o fluxo saudável de um diálogo aberto e franco.
Zona de segurança é um espaço negociado por duas ou mais pessoas, onde se dialoga, onde se ouve, onde se pensa o que é mais importante para o núcleo, onde se elegem prioridades e onde se respeita os outros com amor.
Zona de conforto é um espaço individual onde se busca a auto proteção pela inércia, pelo comodismo, pela abstenção de atitudes, pelo silêncio e por pensamentos egoístas. Faz-se necessário diferenciar estes dois espaços de interação humana toda vez que nos depararmos com situações novas e inesperadas.
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