Todo mundo quer ser forte em todos os sentidos. Pura ilusão.
São as pessoas frágeis que se fazem de forte no grito, na intriga, no recurso
das armas e na manipulação, do contrário seriam elas mesmas sem fazer uso de
bengalas. Como a fragilidade é vista por eles como defeito, fazem questão de construírem
uma imagem de cangaceiro urbano.
O sentimento de fragilidade é uma oportunidade de
autoconhecimento e de
crescimento, onde se pode aproximar da essência e da
verdade interior, onde se pode alcançar o inventário dos recursos adquiridos
durante toda a vida e, com lucidez, redirecionar os próximos passos. A
fragilidade é um espelho no qual podemos remar com a canoa da atenção até
alcançar a enseada segura da decisão consciente. Ela é um encontro com a nossa
verdade, onde podemos tomar plena consciência de nossas limitações.
Se tivermos caráter correto e coração bom, saberemos mudar o
que precisa ser mudado. Se formos inseguros e preocupados com a aprovação
externa, apelaremos para a ignorância, o egoísmo, o desrespeito ou para as
mentiras. Se tivermos compromisso com o crescimento, cresceremos em consciência
e equilíbrio emocional. Se formos pessoas de pouca estatura humana e moral,
iremos tramar conexões curtas e interesseiras para contaminar a imagem dos
outros. Quem é fraco não sabe que é visto como tal e criticado em sua ausência.
Quem é forte é imitado e elogiado em sua ausência. O que nos faz fortes é o
compromisso de experimentarmos novas atitudes que incluam e favoreçam os outros
também.
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