QUANDO UNIDADE VIRA ILUSÃO

Dentro das perspectivas mentais de criação humana da realidade, o ser humano oscila entre separação e unidade, entre conflito e paz como ausência dele. Onde houver mente haverá sempre as tensões geradas por esta dualidade, inerente em todas as coisas que façam parte do movimento da vida. Chamem a isto pontos de vista, opinião, posicionamento, esclarecimento, lógica, ou o que quer que seja. Eu chamo isso de manifestação de diferentes níveis de consciência.

Um nível de consciência jamais sobe um degrau sem o ato de amor. Um nível de consciência torna-se apenas entendimento dual se se afasta do amor e da compaixão. No calor das defesas de posicionamentos, o amor desaparece e cede lugar ao julgamento. O bonito fica feio. Seva vira obrigação. Bandeiras são erguidas na trincheira da significância, aumentando ainda mais a separação, a ponto dela prevalecer sobre a unidade que buscamos.

Polemizar o amor, a generosidade, a doação, o serviço à humanidade é jogar o amor na fogueira das vaidades, nas cinzas de querer estar certo, nas chamas da separação. O amor é namaste. O amor não se polemiza, apenas brota de um coração limpo que abriu mão da verdade de cada um e descobriu que pensamento não nos engrandece. Só assim compreendemos o movimento da unidade como contrário do movimento de separação e nos movemos um degrau acima, dissolvidos no mar do amor incondicional. Sem o amor não há AmmaBhagavan nem esperança. Sem o amor não há evolução. Sem o amor, unidade vira ilusão.

Tenhamos todos a graça e a humildade de perfumar as palavras que lançamos ao mundo,num sorriso ou num olhar fraterno, tal qual aquele sorriso que Bhagavan lança sobre nós ao nos despedirmos dele lá na Oneness. Quando o Deus que habita em mim encontra o Deus que habita em você, nós crescemos em consciência e nos tornamos UM SÓ...