A cabeça armazena, o coração harmoniza. Este é o conceito teórico que abriu caminhos práticos para a realização de que existem mais de 40 mil neurônios dentro do coração. Por muitos e muitos séculos nos referimos ao coração físico como se fosse um coração emocional, quase sem resistências, romantizando-o, responsabilizando-o por nossos dissabores e alegrias. Ninguém precisava explicar este uso, quase indevido para a lógica. Se um coração físico não pensa, como pode sentir ou nos influenciar nas decisões? Assim a lógica era provisoriamente esquecida e todos os créditos caiam no colo do sistema nervoso cerebral.
No ano de 2012 estaremos acessando profundamente este complexo de neurônios do coração. Uns lhe darão nomes científicos, outros religiosos. Uns desenvolverão mestrado e doutorado sobre as conexões existentes entre o coração e o cérebro, publicando e popularizando livros sobre a inteligência do coração. Outros reconduzirão os fiéis religiosos ao reino encantado da devoção, possibilitando-os compreender as infinitas possibilidades que ele também oferece para o crescimento individual. Esta visão será parte fundamental do processo de expansão da consciência coletiva que ora se desenlaça, para remover os véus da ilusão da Humanidade. Se a década passada foi chamada de “a década do cérebro”, a próxima poderá certamente ser apelidada de “a década do coração”. Felizes os poetas de plantão e os desbravadores da espiritualidade.
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