Todo país tem vida dupla.
De um lado reina o país das elites, dos poderosos, dos banqueiros invisíveis e
das famílias mais abastadas por trás das empresas. Do outro, vive ou tenta
viver uma multidão que se arrasta, desespera, luta, embate, combate, sofre,
acredita, reza, se esforça, mas se entrega. De um lado tem um país imaginário,
cor de rosa, um sonho, um celeiro, o primeiro entre os primeiros. Do outro tem
um país sujo, truculento, vermelho de sangue, injusto, terceiro mundista,
faminto, descuidado, hipnotizado. Os dois lados da mesma moeda financeira,
custa caro a quem não a tem.
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