Há dois tipos de dores, a
real e a imaginária, a que encontramos e a que criamos. As duas variam de
intensidade, as duas nos parecem dominar emocionalmente. Cada pessoa apresenta
duas estratégias diante dela, reagir ou responder, submetendo-se às
consequências dela ou enfrentando. Cada pessoa alimenta diferentes percepções
dela, desenvolvendo diferentes graus de tolerância. É impossível atravessar uma
existência sem conhecê-las. A dor faz parte da experiência corporal e da
existência desencarnada, tornando-se memória e bengala para uns, aprendizado e
libertação para outros. A dor é poetizada por uns e aterrorizada por outros. A
dor é pálida para uns e vermelha para outros. A dor é oportunidade de anulação
e de superação. A dor se esconde da história dos homens. Ela não quer ser vista
como protagonista.
Nenhum comentário:
Postar um comentário