A morte é séria. Quem
tenta interromper seus risos, não quer ver a sua vida florescer. Quem lhe
impede de gargalhar, desconhece as alegrias da alma e da espontaneidade. Quem
lhe amordaça a boca, tem medo de sua verdade. A morte tem cara fechada para que
a vida não passe em seus olhares. A vida é diferente, ela pulsa e dança, corre
e grita, cai e levanta, acredita e busca, contorna obstáculos, aprende e
desaprende com a mesma singularidade. Ela é reticência para abrir espaço ao que
vai chegar, ela é vírgula para abraçar e ser abraçada por outras pessoas, ela é
exclamação diante do espetáculo da natureza, ela é ponto de interrogação porque
aceita o novo e o infinito. A morte não, ela é apenas a ferrugem do ponto
final.
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