Como a vida se manifesta
pelo princípio da incerteza, cabe muita paixão na espera dos dias, mas o amor
tem pressa, não tem paciência para ser livre. O amor se molda nas grades dos
compromissos, sem chamá-las de prisão; porém, não sabe onde estão as chaves. O
amor não tem tempo para devanear, como eu gosto. Prefiro navegar a
impossibilidade das escolhas avulsas, sem interrupções dramáticas, sem
lero-lero, sem obrigação de tecer garantias, pois até eu mesmo sou incerto de
definições. Quando o resultado aparece, ele compensa, transcende meus limites e
me alimenta por quinze dias, feito uma jiboia dormindo o sono dos justos.
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