Certa vez atendi a uma cliente com esclerose múltipla,
cujo sonho era ser ajudada pela acupuntura para dançar a valsa de casamento com
o pai dela. A acupuntura era o plano de fundo para descobrir as causas
emocionais de tal diagnóstico médico. Em pouco tempo acessamos uma decisão
inconsciente de desistir de andar para ser cuidada pelo pai dela, em uma
competição infantil por atenção que já perdurava décadas. O medo do pai não
estar disponível a ela também perdurou anos, enquanto a doença era construída.
No final da estória, ela conseguiu dançar a valsa, mas foi o marido quem teve
que tomar conta dela. Às vezes, dizemos “não” a nossos impulsos básicos por uma
simples infantilização emocional.
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