Durante o processo de lamber as feridas, a pessoa rejeitada
continua questionando como seria o relacionamento se ela simplesmente tivesse
aceitado a decisão de quem a rejeitou, com certa dificuldade de superar o ato
da pessoa. Ela continuaria doando muito e recebendo quase nada. Ela continuaria
a ser desrespeitada e descartada se não atendesse a outra parte em suas novas
demandas, agora exclusivistas ou egoístas. Ela permaneceria triste, fingindo
estar bem, sentindo-se incompleta interiormente, esperançosa de um dia voltar a
ser tudo o que foi. Ela passaria a duvidar sempre das intenções da outra pessoa
e ambos não sobreviveriam num clima onde nenhuma das partes não fosse verdadeira consigo mesma. Ela consideraria
da mesma forma a necessidade de partir, partindo dela mesma.
Nenhum comentário:
Postar um comentário