Ciente da necessidade de se refazer, a pessoa rejeitada iria
procurar por outras pessoas para atender suas necessidades ou se preencheria
com coisas fugazes até encontrar um novo alguém. Tendo recaídas ou não,
alucinando ou não, ela se conscientizaria de que sempre foi livre para tomar
decisões de seu interesse maior e de que pensaria duas vezes de agora em diante
antes de rejeitar alguém em sua vida. Ela compreenderia que a estatura
humana interior não muda, cada um tem a pequenez ou a
grandeza com que viveu suas escolhas pessoais, independente se gostamos ou não,
independente dos contextos vividos e trocados. Cicatrizada pelas lembranças do
que os outros são, ela deixaria de se rejeitar e abraçaria a si mesma no colo
de sua divindade mais querida. O tempo se transformou no único remédio da alma
atemporal.
Nenhum comentário:
Postar um comentário