Quando decido rejeitar alguém, acredito estar por cima dela,
ser melhor do que ela, não precisar mais dela. Minha superioridade me autoriza
a criticar, discriminar, julgar, condenar, ofender, humilhar, vingar, dar o
troco ou ensinar-lhes uma lição. O que me importa é recuperar meu domínio
pessoal. Cansei, fiquei de saco cheio com a perda de minha autonomia, com as
ameaças aos meus segredos ou a minha incapacidade, com a rotina previsível e
com a insensibilidade da outra parte em relação aos meus limites. Não existe
rejeição sem julgamento, sem exclusão ou distanciamento emocional, sem medo de
encarar a verdade. Toda rejeição é um mecanismo de fuga.
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