Somente percebe que a
ilusão não dói, aquele que se permite encontrar frente a frente com a verdade.
Como Deus é verdade, o encontro com a realidade como ela é torna-se um encontro
com o Divino, com a alegria de ser parte do Divino. Neste encontro as ilusões
se dissolvem, junto com elas também desaparecem os desejos e os medos. Como um
bálsamo para a alma humana, o encontro com a realidade como ela é, sem
julgamentos, torna-se inclusivo e reúne em nós tudo o que antes condenávamos,
desta vez com um olhar amoroso, com um sentimento de unidade, com a consciência
de que toda ilusão é uma separação percebida como algo dolorido sem ser. Estar
com a realidade é um alívio imensurável.
Só existe um tipo de
dor, a dor física. Se ela não for física, é mental, é construção mental
travestida de emoção, é apego desesperado a uma memória de um pensamento
avassalador que se repete vezes mil, é defesa de uma ideia sobre estar sendo
vítima de algo ou de alguém. Só existe um tipo de dor.
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