A indústria fonográfica
e a televisiva estão desconstruindo a infância a passos largos. Fornecer muito
conhecimento ou informação a crianças não garante a maturidade correspondente à idade
cronológica. Estimular crianças a dançar funk com coreografia sensual e
apelativa não as protege contra investidas sexuais dos mais velhos, ao
contrário, leva-as de forma bem precoce à gravidez indesejada. Retirar das
crianças o direito de construir brinquedos para formatá-las dentro do comércio
tecnológico não as deixa mais completas nem sociáveis, ao contrário, rouba
delas as descobertas emocionais e a experiência de vida infantil, criando-se um
vácuo nos estágios de crescimento. Criança que não anda descalço não será um
adulto que respeita a natureza. Criança que nunca ouve um “não” será uma vítima
de todos os vícios humanos na idade adulta. Criança que não se expressa com
inocência será um adulto sem sonhos e sem vínculos familiares. Há que se
recriar a infância enquanto há tempo.
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