Há coisas que queremos
ouvir dos outros para compensar o que não damos para nós mesmos. Pode ser
estima, pode ser aprovação, pode ser elogio ou reconhecimento. Pode ser espaço
e pode ser voz de quem sabe ouvir. Pode ser ternura, pode ser paz e colo manso
com palavras espaçadas ou sussurradas. Se for um sim, então, que alegria.
O que não percebemos,
porém, é que o outro não lê pensamentos e diverte-se com as próprias
construções mentais em busca de razão. É um comportamento arriscado esperar do
outro o que nos falta. É um comportamento cego não dar a nós o que poderíamos
sem muito esforço. É um comportamento infértil esperar que o outro dê sempre o
primeiro passo rumo ao perdão. Saibamos avaliar com precisão tudo o que
ganhamos e o que perdemos com cada adeus.
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