sábado, 22 de março de 2014

O PORTÃO


Ao escrever um artigo que postei anteriormente neste blog, dei-me conta de que os portões não existem mais como antigamente. Eles já foram símbolo de namoro e paixão, de altar ou de limites definidos dos namorados, tema de música de sucesso, temas de pinturas, local de boas vindas aos carteiros (as cartas também já não existem mais), ponto de espera do papai quando voltava do trabalho.


Hoje o portão é eletrônico, o mais alto possível, para criar uma falsa sensação de segurança, já que o mundo anda muito perigoso. Hoje ele é símbolo de perda de liberdade de ir e vir, símbolo de proteção contra a desumanidade de alguns, alvo de balas sem açúcar. O portão perdeu o romantismo e a beleza. Virou presídio domiciliar. Virou muralha.

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