O pensamento adora interpretar e nomear pessoas,
coisas e situações. Mal sabe ele que ele também pode ficar na mira e ser
observado com clareza, ele pode ser desnudado na frente de si e corar-se de
vergonha, ele pode ser desmanchado no ar pela compaixão e pela consciência.
Ao aumentarmos nossa consciência do processo
mental, os pensamentos vão cedendo lugar ao vazio, ao espaço interior
esclarecedor, vão tomando um banho de lucidez e abrindo mão das cargas
emocionadas que ali residiam por anos a fio. Diante da consciência os
pensamentos deixam de nos bolinar, abandonam certo atrevimento, colocam o rabo
por entre as pernas e saem de mansinho diante da luz que resplandece em nosso
Ser.
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